Mauro Vieira alega que ataques dos EUA são resultado de um “conluio ultrajante”
O ministro das Relações Exteriores afirmou que o governo brasileiro não demonstrará concessões às pressões exercidas por Donald Trump; o discurso ocorre…

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, declarou nesta segunda-feira (4) que o governo brasileiro não cederá a pressões do governo Donald Trump para o fim de processos relacionados ao impeachment do ex-presidente Jair Bolsonaro, que ele qualificou como “exigências inaceitáveis”. Ele afirmou que os “ataques” dos Estados Unidos foram orquestrados por um “conluio ultrajante” envolvendo brasileiros e forças estrangeiras.
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O chanceler discursou no Palácio Itamaraty, durante cerimônia de celebração dos 80 anos do Instituto Rio Branco, ao lado dos ministros Camilo Santana (Educação) e Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), além do assessor especial da Presidência da República Celso Amorim. Vieira também afirmou que era preciso agir com “firmeza e inteligência” na defesa dos interesses nacionais e que fazia isso “em memória da geração de brasileiros que derrotaram o arbítrio”. Ele citou Ulisses Guimarães, Renato Archer, Celso Amorim e Lula.
O ministro manifesta grande orgulho e senso de responsabilidade na atual missão de defender a soberania do Itamaraty frente a ataques coordenados por brasileiros em conluio com forças estrangeiras. Diante desse ultrajante conluio que visa à nossa democracia, os fatos e a realidade brasileira não são considerados pelos que se apresentam como um veículo contra o patriotismo de intervenções estrangeiras. A Constituição cidadã não estará e não estará em nenhuma mesa de negociação. A soberania não é moeda de troca diante de exigências inaceitáveis.
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O embaixador que liderava o Itamaraty também contestou a alegação de perseguição ou “caça às bruxas” como Trump se referiu ao processo contra o ex-presidente Bolsonaro, o que também resultou em sanções a ministros da Suprema Corte, principalmente com base na lei Magnitsky, um entrave ao relator da ação penal, Alexandre de Moraes.
Rebatiu o chanceler afirmando que a sociedade democrática e suas instituições frustraram uma tentativa de golpe militar, cujos responsáveis estão atualmente julgados em processos transparentes, com cobertura televisiva em tempo real e garantia de ampla defesa, assegurando o respeito integral ao devido processo legal.
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Mauro Vieira não declarou se estavam previstas novas reuniões com o governo dos EUA. “Estou mudo”, afirmou o ministro, que na semana anterior se encontrou em Washington com o secretário de Estado americano, Marco Rubio. O ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial da Presidência, não comentou sobre a possibilidade de um telefonema entre Trump e Lula. “Não sei”, respondeu a jornalistas.
Com informações do Estadão Conteúdo.
Publicado por Nícolas Robert
Fonte por: Jovem Pan