Na quarta-feira (30), a juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal, aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e tornou réus o MC Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o Oruam, e Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, por tentativa de homicídio qualificado.

O incidente ocorreu em 21 de julho, quando a polícia compareceu à residência do MC para executar um mandado de busca e apreensão em relação a um adolescente que supostamente se encontrava em sua casa, no bairro Joá, zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo a denúncia do MPRJ, o crime de tentativa de homicídio foi praticado através do lançamento de pedras de 130 gramas a 4,85 quilos, a uma altura de 4,5 metros.

A nova denúncia foi apresentada na segunda-feira (28). O artista está preso preventivamente desde 22 de julho, quando optou por se entregar à Polícia Civil, informação divulgada aos fãs em suas redes sociais. Na ocasião, Oruam era acusado de associação ao tráfico de drogas, tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.

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A acusação inicial considerou como tentativa de ameaça o rapper afirmar que era filho de “Marcinho VP”, um dos principais líderes do Comando Vermelho (CV).

A promotoria de justiça arquivou, na terça-feira (29), um novo inquérito que acusa Oruam, Willyam e outros dois indivíduos que estavam na residência no dia 21 dos crimes de lesão corporal, tentativa de lesão corporal, resistência com violência, desacato, ameaça e dano ao patrimônio público.

Nas redes sociais observa-se uma série de manifestações, em que familiares, amigos e fãs lançam uma campanha com o lema “#MCNãoÉBandido”. Em artigo publicado no Brasil de Fato, o advogado Guilherme Pimentel e o assessor parlamentar Jackson Anastácio defendem que a prisão de Oruan se deve às denúncias presentes em suas letras, em especial a mais recentemente lançada, Rua Cercada por Divisão. Na música, o MC fala sobre as brigas entre facções e denuncia a participação do Estado nesse ciclo de violência – “as armas que aqui tem foi vocês que vendeu”, diz a letra.

Após a prisão ocorrida em 22, os advogados do artista declararam confiança na Justiça e no Poder Judiciário, afirmando que, “uma vez instaurado o Direito Constitucional com o contraditório e a ampla defesa, todos os fatos serão devidamente esclarecidos e os excessos sofridos pelo artista serão corrigidos pelo Poder Judiciário”.

Fonte por: Brasil de Fato