MEC muda regra do SiSU: uso de 3 edições do ENEM para 2026 e preocupa estudantes
MEC muda SiSU: a partir de 2026, candidatos usarão 3 edições do ENEM para concorrência. Preocupação e abaixo-assinado contra a medida.
O Ministério da Educação (MEC) implementará uma alteração no Sistema de Seleção Unificada (SiSU). A partir da edição de 2026, os candidatos poderão utilizar os resultados das três últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para concorrerem às vagas.
De acordo com o MEC, os participantes poderão escolher a nota da edição que resultar na melhor média ponderada para o curso desejado, desde que não tenham sido trainee.
A nova regra gerou preocupação entre os estudantes que estão realizando o exame pela primeira vez. Muitos acreditam que a medida intensificará a competição por vagas em cursos mais concorridos e beneficiará aqueles que já fizeram a prova em edições anteriores.
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Um abaixo-assinado no site Change.org, com mais de 27 mil assinaturas, manifesta oposição à medida. Ana Amelia Lima, criadora da petição, argumenta que a utilização das notas dos três últimos anos pode favorecer candidatos com maior acesso a recursos, como cursos preparatórios repetidos.
O estatístico Frederico Torres ressalta que cursos com menor concorrência podem não ser afetados, mas cursos como Medicina devem se tornar mais disputados.
Torres expressa ressalvas sobre a possibilidade de comparação das notas anualmente, citando uma diferença significativa entre os resultados de 2021 e os últimos cinco anos. O modelo de correção do ENEM, baseado na teoria de respostas ao item (TRI), permite a comparação de provas distintas, mas a consistência dessa comparação ao longo do tempo é questionável.
O MEC justifica a mudança como forma de aumentar as chances de preenchimento das vagas. Em 2024, o Sisu ofereceu 264 mil vagas, sendo 23 mil sem concorrentes na primeira seleção, e 40% voltadas para Licenciaturas. Torres acredita que, com um número maior de candidatos, a ocorrência de casos semelhantes diminui.
Especialistas em educação, no entanto, temem que a medida possa levar ao aumento da evasão nas universidades públicas. Uma pesquisa da economista Andréa Cabello, professora da UnB, revela que metade dos ingressantes pelo Sisu abandona o ensino superior, enquanto a taxa de evasão de alunos que entram por outros mecanismos é de até 20 pontos percentuais menor.
Cabello argumenta que o Sisu pode levar a decisões menos ponderadas. Um estudante que se classifica em Fisioterapia na federal do Acre, em vez de Medicina na UnB, pode não conseguir realizar a mudança ou não ter o desejo de cursar o segundo curso.
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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