Médico que deformou rostos de pacientes em Goiás é condenado pela Justiça

O médico Wesley Noryuki Murakami foi condenado a quase 10 anos de prisão pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Ele causou lesões graves em oito mulheres e um homem que fizeram procedimentos estéticos em sua clínica em Goiânia.

A maioria dos pacientes procurou a clínica de Murakami para realizar harmonização facial e, após o tratamento, ficou com o rosto deformado. As intervenções médicas aconteceram entre 2013 e 2018.

A CNN obteve a decisão de um tribunal em Goiás. Uma vítima, Fernanda Ferreira, declarou à Justiça que fez um procedimento estético no rosto com o médico Wesley Noryuki Murakami. Após o procedimento, seu rosto ficou inchado e desfigurado. Ela teve dores constantes e não conseguiu se alimentar adequadamente.

A paciente procurou o médico, que explicou que o desconforto era comum e que as dores e o inchaço diminuiriam em poucos dias.

A Fernanda foi duas vezes ao médico. Ele aplicou massagens no rosto dela e disse que o inchaço iria embora com o tempo. Depois de 45 dias sem resolver o problema, ela foi a outra médica. Essa médica encontrou várias coisas erradas no tratamento anterior. Um exame confirmou que a região da bochecha estava inchada e endurecida.

Leia também:

Procon Goiás Alerta Consumidores: Evite Fraudes na Compra de Azeite de Oliva

A data limite para pedir uma seção acessível para as eleições de 2024 é em julho

O TRE-RJ planeja registrar a biometria de 4,3 milhões de eleitores em 100 dias

Todos os pacientes de Wesley Noryuki Murakami disseram à Justiça que o médico não pedia exames preliminares antes dos procedimentos e que, diante dos relatos de dores intensas e inchaços no rosto, a resposta era sempre a mesma, que era preciso ter paciência e que os sintomas sumiriam em breve.

Na decisão, o juiz Luciano Borges da Silva afirmou que as vítimas sofreram agressões que causaram lesões físicas permanentes, devido à conduta ilegal do médico.

O juiz decidiu que Wesley Noryuki Murakami poderá recorrer em liberdade, pois não existiam motivos suficientes para prendê-lo antes do julgamento.