Menino é devolvido à Venezuela após ser apreendido nos EUA, após deportação dos pais

Maikelys Antonella Espinoza Bernal, com dois anos, estava sob a guarda do governo dos Estados Unidos após seus pais serem acusados de fazer parte de um grupo criminoso.

14/05/2025 23h17

3 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

Uma criança venezuelana, que estava sob a guarda do governo dos Estados Unidos após a deportação de seus pais, foi retornada para a Venezuela.

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Maikelys Antonella Espinoza Bernal chegou ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar nesta quarta-feira (14) em um voo de retorno dos Estados Unidos.

A primeira-dama venezuelana Cilia Flores carregava a menina de 2 anos nos braços, em frente às autoridades que anunciavam o retorno da menina aos repórteres reunidos no aeroporto.

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“Hoje alcançamos uma grande vitória”, declarou o ministro do Interior, Diosdado Cabello.

O governo da Venezuela tem exigido a devolução da menina há semanas, alegando que as autoridades americanas a sequestraram.

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O Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) já havia rejeitado a alegação, afirmando que a separação da família ocorreu para proteger Maikelys de seus pais, que foram acusados sem evidências de fazerem parte da organização criminosa Tren de Aragua (TDA).

A mãe de Maikelys negou a alegação.

Em março, os Estados Unidos deportaram Maiker Espinoza-Escalona para uma prisão de segurança máxima em El Salvador. Posteriormente, a mãe, Yorelys Bernal, foi deportada para a Venezuela sem sua filha.

Na quarta-feira, a menina encontrou-se novamente com a mãe e a avó no palácio presidencial em Caracas. A emissora estatal exibiu Bernal chorando de alegria ao abraçar a filha.

O presidente Nicolás Maduro afirmou que as autoridades venezuelanas, em coordenação com advogados e grupos de direitos humanos nos EUA, trabalharam para garantir o retorno da menina.

É preciso agradecer ao embaixador Richard Grenell, enviado especial do presidente dos EUA, Donald Trump, e ao presidente Donald Trump, afirmou ele.

Haverá diferenças, mas é possível, com a bênção de Deus, seguir em frente.

A CNN contatou o DHS e a Unidade de Assuntos da Venezuela da Secretaria de Estado dos EUA para obter mais informações.

Uma família separada.

A criança e seus pais chegaram aos EUA em maio de 2024 buscando asilo, conforme documento judicial apresentado por organizações de defesa legal.

Após a chegada, o casal foi detido pela imigração, enquanto sua filha foi colocada sob a guarda do Escritório de Reassentamento de Refugiados (ORR), declarou o pai em uma declaração juramentada.

Em julho, ele recebeu uma ordem de deportação sob o governo de Joe Biden. Entre outubro e março, o casal teve visitas presenciais semanais com a filha, conforme declarou Espinoza.

Em 29 de março, Espinoza foi encaminhado para uma base naval na Baía de Guantánamo, em Cuba, conforme documentos apresentados por seus advogados, onde o DHS transferiu migrantes.

Foi informado que ele foi transportado por avião no dia seguinte para a famosa prisão de Cecot, em El Salvador, que os Estados Unidos utilizam para deter centenas de migrantes venezuelanos, acusados de fazerem parte de gangues violentas, sem apresentar provas que confirmassem essas acusações.

A mãe da criança foi deportada após o pai ser enviado para El Salvador. Ela foi obrigada a retornar ao seu país em um voo sem a filha de 2 anos, informou a Venezuela.

A criança foi colocada sob a guarda da ORR, com o DHS declarando: “Não permitiremos que esta criança seja abusada e continue exposta a atividades criminosas que coloquem sua segurança em risco”.

Bernal suspeita que as autoridades americanas a associaram ao Tren de Aragua devido às suas tatuagens, que, de acordo com ela, constam apenas as datas de nascimento de sua família.

Fonte: CNN Brasil

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