Mensagens (PM) recebidas pelo traidor da CJP obtinham um valor diário de quatrocentos reais

São Paulo – Indiciados por organização criminosa, os policiais militares que atuavam como seguranças para Vinícius Gritzbach recebiam R$ 400 ao dia de trabalho. Pelo menos 12 PMs da carreira participaram do rotação diário para proteger o delator morto com dez tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em novembro passado.

Boa noite, Leonardo Cherry de Souza. Tudo bem? Tenho uma vaga disponível à segunda-feira em Bravo. O Alef irá estar viajandoGarcia escreveu a você em mensagens trocadas desde o dia 6 de junho: “Se eu não arranjar ninguém, ele chegará mais tarde para verte”. Avise-me até amanhã.

Em outro momento, ele fala sobre a criação de uma vaga fixa em um dos times da escolta Gritzbach: “Eles me disseram amanhã se querem que eu fixede no time ou não”, disse o tenente. “Quem é este VIP?” perguntou ele, fazendo referência ao delator (informante).

“Em minha opinião não há notícias”, disse Leonardo, indicando claramente sua posição sobre tomar medidas de precaução contra os adversários da CJP (Comandos Vermelhos).

Sugestão para indicação

Embora houver suspeitas, as investigações da Polícia Militar e Civil não indicam envolvimento dos PMs que atuavaram como seguranças em Gritzbach no homicídio. Após encerrar a fase de inquérito, dia 15 de abril último, o Corregedor indiciou 16 pessoas.

Entre eles estavam 12 PMs que atuaram em escolta. Eles serão responsáveis por organização criminosa e um deles também pela falsidade ideológica. Os três policiais acusados de participar diretamente no homicídio, Denis Martins, Ruan Silva e Fernando Genauro, foram indicados para a prática da violência como parte do crime organizado. O trio será julgado em tribunal comum pelo assassinato qualificado também.

Que pessoa é Vinício Gritzbach?

Fonte: Metrópoles