O mercado de aluguel residencial em 2025 revela tendências interessantes sobre como brasileiros estão definindo contratos e como lidam com os reajustes. Uma análise de aproximadamente 9.000 contratos firmados ao longo do ano aponta um valor médio de R$ 3.120,00, indicando que o mercado ainda é fortemente influenciado pela classe média e média alta.
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Essa média reflete a predominância de imóveis que atendem a esse perfil de consumidor.
Faixas de Aluguel e Distribuição da Amostra
A análise da distribuição dos contratos revela que 44% se concentram na faixa de aluguel entre R$ 1.501 e R$ 3.000. Essa faixa intermediária continua sendo o principal motor do mercado. Contratos com aluguel até R$ 1.500 representam apenas 11% da amostra, o que sugere uma menor oferta de unidades mais acessíveis.
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Já no segmento premium, 12% dos contratos registram valores acima de R$ 5.000, demonstrando uma participação relevante, embora não dominante.
Índices de Reajuste e Mudanças no Mercado
O IGP-M ainda é o indexador mais utilizado, presente em 54,9% dos contratos. No entanto, a alta volatilidade do índice nos anos anteriores levou alguns proprietários a buscar alternativas. Em novembro de 2025, o IGP-M apresentava uma variação negativa de -0,11% em 12 meses, o que impulsionou a adoção de outros índices.
O IPCA, com 31,9% dos contratos, ganhou espaço devido à sua menor suscetibilidade a oscilações bruscas. O IVAR, criado pela FGV para refletir o comportamento dos aluguéis, também se consolidou, com 11% dos contratos.
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Diferenças Regionais e Tendências Locais
A análise regional destaca São Paulo, Minas Gerais e Paraná como os estados mais representados na amostra. Em São Paulo, a preferência pelo IPCA e IVAR reflete a busca por estabilidade, dada a alta dos valores na capital. Em Minas Gerais, o IGP-M continua predominante, refletindo a tradição local.
No Paraná, a diversificação dos índices indica um ambiente de negociação mais aberto e competitivo entre locadores e locatários.
Conclusão: Um Mercado em Transição
Em 2025, o mercado de aluguel residencial apresentou um cenário marcado pela influência da classe média e por uma reorganização dos indexadores tradicionais. O IPCA e o IVAR ganharam espaço na busca por reajustes mais estáveis, indicando uma transição em direção a uma maior previsibilidade e equilíbrio entre risco, variação de preços e capacidade de pagamento.
