Mercado europeu permanece estável apesar das negociações entre EUA e China
Os índices registraram pouca variação nesta terça-feira (10).

As ações europeias apresentaram pouca variação nesta terça-feira (10), em um pregão cauteloso, com investidores aguardando o resultado do segundo dia de negociações comerciais entre Estados Unidos e China em Londres.
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O índice continental STOXX 600 .STOXX encerrou sem variações, em 553,12 pontos, pela segunda vez seguida.
A cúpula de dois dias em Londres entre os dois maiores economias do mundo seguia em curso, informou um representante do Tesouro dos EUA, ao mesmo tempo em que outra fonte americana declarou que as negociações diretas entre os lados foram concluídas.
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Apesar dos comentários otimistas do presidente Donald Trump na segunda-feira (9) sobre as negociações, que sugeriram uma possível redução da disputa comercial entre os dois países, a ausência de informações sobre avanços não gerou impacto positivo nos mercados de ações.
Um progresso favorável nas negociações provavelmente trará alívio aos mercados, considerando que as políticas tarifárias inconsistentes de Trump e a instabilidade nas relações sino-americanas já afetaram as economias, as cadeias de suprimentos e geraram incertezas sobre o crescimento global.
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“Existe uma incerteza sobre o que um acordo efetivo poderia ser”, afirmou Laura Cooper, diretora de crédito macro e estrategista de investimentos da Nuveen. “Enquanto não visualizamos um acordo comercial significativo, a atenção se concentrará no término dessa suspensão de 90 dias e suas consequências caso não haja um acordo.”
A China e os Estados Unidos buscam reestabelecer uma trégua temporária estabelecida em Genebra, que havia diminuído as tensões comerciais e acalmado os mercados.
Nas bolsas europeias, o índice financeiro .SXFP recuou 1,4%, impulsionado por uma queda de quase 5% na ação UBS UBSG.S, em razão das preocupações dos investidores de que as propostas do governo suíço poderiam restringir o banco a um empréstimo de capital adicional de US$ 26 bilhões.
As ações de defesa também diminuíram para o mínimo de mais de uma semana.
Ademais, as ações da empresa .SXEP apresentaram desempenho notável, impulsionado pelo aumento dos preços do petróleo. O/R
O Índice .SXDP do setor de saúde subiu 1,2%, impulsionado pelo Novo Nordisk NOVOb.CO, que aumentou cerca de 6% após uma reportagem do Financial Times sobre o fundo de hedge ativista Parvus Asset Management investindo na farmacêutica.
A AstraZeneca AZN.L e a Sanofi SASY.PA também avançaram, mesmo com o secretário de saúde dos EUA tendo desmantelado o comitê consultivo de vacinas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
O índice FTSE 100 .FTSE de Londres apresentou um movimento em direção a um máximo histórico no início da sessão, após novos dados mostrarem uma forte desaceleração no crescimento salarial no Reino Unido até abril, além do desemprego atingir o pico de quatro anos – o que sustenta a possibilidade de um corte na taxa de juros pelo Banco da Inglaterra.
A atenção também se volta para uma série de indicadores econômicos importantes da região, bem como dos EUA, que serão divulgados ao longo da semana.
“Com os dados do IPC dos EUA previstos para quarta-feira, o cenário deve permanecer cauteloso”, afirmou Fiona Cincotta, analista sênior de mercado da City Index.
A Bellway BWY.L aumentou 7,8% após a construtora britânica aumentar sua projeção para o volume de produção anual.
As ações da Aberdeen (ABDN.L) aumentaram 6,3% após o J.P. Morgan elevar a classificação das ações da gestora de fundos de “neutra” para “overweight”.
Fonte por: CNN Brasil