Mercado financeiro estima que a economia do Brasil apresentará um crescimento de 2,02% em 2025

O Banco Central anunciou hoje a projeção da ‘Faria Lima’.

19/05/2025 10h39

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(Imagem de reprodução da internet).

O mercado financeiro elevou a previsão de crescimento da economia para 2025 de 2% para 2,02%, conforme o Boletim Focus, publicado em Brasília na segunda-feira, 19. A pesquisa, semanalmente conduzida pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras sobre os indicadores econômicos principais, apresentou essa mudança.

A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país) em 2026 é de 1,7%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro projeta uma expansão do PIB de 2% para ambos os anos.

Em 2024, a economia brasileira registrou um crescimento de 3,4%. Esse resultado corresponde ao quarto ano consecutivo de expansão, sendo a maior alta desde 2021, quando o Produto Interno Bruto atingiu 4,8%.

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A projeção da cotação do dólar é de R$ 5,82 para o encerramento do ano corrente. Para o ano de 2026, estima-se que a moeda americana esteja em R$ 5,90.

Aumento generalizado e persistente dos preços de bens e serviços.

A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – para 2025 caiu de 5,51% para 5,5% nesta edição do Boletim Focus. Trata-se da quarta redução sucessiva na expectativa do mercado financeiro sobre o IPCA.

A projeção da inflação para 2026 é de 4,5%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,8%, respectivamente.

A projeção para 2025 excede o limite da meta de inflação que o Banco Central deve alcançar. Estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual acima ou abaixo. Assim, o piso é 1,5% e o teto é 4,5%.

Em abril, a inflação oficial registrou 0,43%, influenciada sobretudo pelos preços de alimentos e produtos farmacêuticos. O resultado indica uma desaceleração pela segunda vez consecutiva, após o IPCA ter atingido 1,31% em fevereiro e 0,56% em março.

No período de 12 meses, o Índice lançado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) totaliza 5,53%.

Juros básicos

Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada em 14,75% ao ano. O aumento do preço dos alimentos e da energia, juntamente com as incertezas em relação à economia global, levou o BC a elevar novamente os juros em 0,5 ponto percentual na última reunião, no início do mês, o sexto aumento seguido da Selic em um ciclo de aperto monetário.

O Copom não sinalizou o que poderá acontecer na próxima reunião, prevista para meados de junho. Indicou que a incerteza persiste e demandará cautela da autoridade monetária, seja em possíveis elevações futuras da Selic, seja no período em que a taxa deve permanecer em 14,75% ao ano.

O mercado financeiro projeta que a taxa básica atinja esse nível em 2025. Para o ano de 2026, a previsão é que a taxa básica diminua para 12,5% ao ano. Já para 2027 e 2028, a expectativa é que a taxa seja reduzida novamente, para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom eleva a taxa básica de juros, o objetivo é diminuir o consumo excessivo, o que provoca impactos nos preços devido aos juros mais altos que encarecem o crédito e incentivam a poupança. Contudo, além da Selic, os bancos avaliam outros aspectos na hora de determinar as taxas cobradas dos consumidores, incluindo o risco de inadimplência, lucro e custos administrativos. Dessa forma, tarifas mais elevadas também podem restringir o crescimento da economia.

Com a queda da taxa Selic, o crédito se torna mais acessível, incentivando a produção e o consumo, diminuindo o controle sobre a inflação e impulsionando a atividade econômica.

Fonte: Carta Capital

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