Mercado imobiliário registra aumento de 16% nas vendas no primeiro trimestre
Estudo aponta que o setor permanece robusto, mesmo com taxas de juros elevadas; o programa Minha Casa, Minha Vida exerceu influência nesse cenário.

A Cbic divulgou na segunda-feira, 19 de maio de 2025, os dados do mercado imobiliário nacional no primeiro trimestre. O setor manteve trajetória de crescimento, com aumento em:
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O desempenho foi impulsionado pelo programa Minha Casa, Minha Vida, que representou mais de metade (44.734) das unidades lançadas no período. A íntegra da pesquisa está disponível (PDF – 2 MB).
A Cbic afirma que o setor demonstrou resiliência, mesmo com as taxas de juros elevadas. As vendas totalizaram 418.136 unidades nos doze meses finalizados em março, representando um aumento de 22,5% em comparação com o período anterior.
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A oferta final de imóveis registrou uma queda de 4,6%, atingindo 287.980 unidades, refletindo uma maior absorção pelo mercado.
Apesar de um cenário de crédito elevado, o brasileiro continua acreditando no investimento em moradia, afirmou Renato Correia, presidente da Cbic, em comunicado à imprensa.
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O desempenho foi mais robusto em regiões onde o Minha Casa, Minha Vida é predominante, como o Norte e o Nordeste. No Sudeste, o foco é São Paulo. O tempo médio de conclusão das unidades do programa diminuiu para 6,5 meses, inferior à média do setor.
Para o restante de 2025
A CBIC espera que o mercado imobiliário permaneça aquecido durante o ano. A Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida iniciou suas operações em maio e deverá aumentar o alcance do programa. Empréstimos utilizando recursos do FGTS e da poupança devem continuar a impulsionar o setor.
A expansão do programa é mais uma ação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visando estimular a economia. O aumento do consumo poderá pressionar a inflação, dificultando o alcance das metas de preços.
Diante das ações do governo, o Banco Central tem elevado as taxas de juros buscando controlar o aumento da inflação por meio de políticas econômicas. O crédito mais caro reduz o consumo e a produção. os preços tendem a não subir com tanta velocidade.
O levantamento da CBIC incorpora os Indicadores Imobiliários Nacionais, elaborado em parceria entre a CBIC, a Brain Inteligência Estratégica e o Sesi (Serviço Social da Indústria).
Fonte: Poder 360