Crescimento do Mercado Pago entre as Fintechs
Dados do Bank of America, com informações das plataformas Sensor Tower e Similar Web, revelam que o Mercado Pago teve o maior crescimento em usuários ativos mensais entre as fintechs nos meses de julho, agosto e setembro deste ano. O braço financeiro do Mercado Livre cresceu mais de 20% a cada mês, ocupando a segunda posição no ranking, atrás do Nubank, que lidera com mais de 120 milhões de usuários.
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O último número oficial divulgado pelo Mercado Livre indicava que o Mercado Pago contava com 68 milhões de usuários na América Latina. Até maio deste ano, a fintech ainda estava atrás do Itaú, que viu uma queda no tráfego nos três meses analisados.
Implicações para o Mercado Pago
O Bank of America observa que “melhorias na funcionalidade e uma variedade de incentivos estão impulsionando taxas de crescimento excepcionalmente fortes no Mercado Pago”. Contudo, o banco ressalta que a fintech precisa manter os incentivos por mais tempo, enquanto busca propostas de valor e amplia sua operação de crédito.
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O Mercado Pago deve focar na concessão de crédito, aumentando seu saldo de recebíveis com tomadores de maior qualidade. Em termos de frequência de uso, a plataforma ainda está atrás do Nubank, Banco Inter, Itaú e PicPay, indicando espaço para melhorias, conforme os consumidores começam a entender melhor suas funcionalidades.
Tráfego no E-commerce Brasileiro
No competitivo cenário do e-commerce brasileiro, o Mercado Livre continua a liderar em crescimento de usuários e tráfego. Isso se deve à redução das taxas de frete para vendedores e à diminuição dos valores mínimos para frete grátis, além da replicação de promoções bem-sucedidas da Shopee.
A Amazon, por sua vez, conseguiu reduzir perdas ao adotar um limite de R$ 19 para frete grátis e isentar taxas de armazenamento e envio do Fulfillment by Amazon (FBA) durante a temporada de Black Friday.
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Desafios das Concorrentes
A Shopee também apresenta crescimento acima da média do mercado, mesmo com o investimento agressivo das concorrentes, evidenciando a intensa competição no setor. Enquanto isso, Magazine Luiza e Casas Bahia continuam a perder participação de mercado, impactadas por taxas de juros elevadas e sortimentos básicos intensivos em capital.
Esse recuo de market share não é exclusivo das empresas brasileiras, já que Shein e Alibaba também enfrentam dificuldades para aumentar o engajamento após a tributação internacional.