Aceleração na Adoção de Stablecoins e Impacto em Mercados Emergentes
Um relatório do Standard Chartered, divulgado em 6 de maio, aponta para um risco significativo: a rápida adoção de stablecoins, criptomoedas atreladas ao dólar, pode resultar em perdas de até US$ 1 trilhão de capital em países emergentes até 2028. A análise destaca um reposicionamento de capital impulsionado pela facilidade de exposição ao dólar por meio dessas criptomoedas, com potencial impacto nos depósitos bancários locais.
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Países Mais Vulneráveis
O estudo identifica o Egito, o Paquistão, a Colômbia, Bangladesh e Sri Lanka como os países mais suscetíveis a essas perdas. Além desses, a Turquia, China, Índia, Brasil, África do Sul e Quênia também devem enfrentar perdas significativas, conforme projeções do Standard Chartered.
Stablecoins como “Contas Bancárias em Dólar”
As stablecoins, que utilizam reservas para garantir a paridade com ativos como o dólar (onde 1 unidade equivale a US$ 1), estão transformando-se em “contas bancárias em dólar” nos mercados emergentes. Essa dinâmica é impulsionada pela alta proporção de população sem acesso a serviços bancários tradicionais e pelos problemas de desvalorização das moedas locais.
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Projeções de Mercado e Uso das Stablecoins
O banco prevê que o mercado de stablecoins atinja US$ 2 trilhões até 2028. Estima-se que até 2028, US$ 1,22 trilhão em stablecoins serão utilizadas para proteger o patrimônio de investidores, principalmente em mercados emergentes. A expectativa é que o uso de stablecoins para poupança se expanda, passando de poucas carteiras com grandes saldos para um número maior de carteiras com poucos ativos.
Foco em Mercados Emergentes
A demanda por uma alternativa aos bancos locais, que seja líquida, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana e confiável, é maior em mercados emergentes. O crescimento do uso de stablecoins provavelmente ocorrerá principalmente nesses mercados, onde a proteção de ativos é uma prioridade para muitos investidores.
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