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Mercados exibem reação após Trump criticar presidente do Banco Central

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Os mercados globais apresentam sinais de recuperação nesta terça-feira (22/4), após os novos ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell. A situação permanece tensa com a estagnação das negociações em torno da taxa de juros, também imposta por Trump.

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Diante dessa situação, a corretora Monte Bravo observa que os principais índices de Nova York apresentaram forte queda na segunda-feira (21/4). O S&P 500 registrou recuo de 8% no mês e perda de 12,30% no ano, conforme análise. O Nasdaq Composite, que concentra ações de empresas de tecnologia, caiu 3,50% em abril e retrocedeu 19,00% em 2025.

Na terça-feira, porém, os índices apresentaram alta pela manhã. Às 11h40, o S&P 500 registrava ganhos de 1,73% e o Nasdaq mantinha alta de 1,96%. O Dow Jones subia 1,82%. Para especialistas, o resultado positivo sinalizava uma correção após as fortes quedas do dia anterior.

Adicionalmente, na segunda-feira (21/4), o dólar registrou o menor patamar em três anos. O ouro avançou, ultrapassando os US$ 3,4 mil por onça. Na terça-feira, o metal estabeleceu um novo recorde. A cotação alcançou US$ 3,5 mil pela primeira vez na história.

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Taxas de juros são o custo do dinheiro emprestado, expresso em percentual ao longo de um período.

A taxa de juros de 10 anos elevou-se 10 pontos-base, atingindo 4,42%. No mês, as taxas curtas diminuem ligeiramente, enquanto os vencimentos de 10, 20 e 30 anos aumentam. “O aumento da inclinação da curva, em meio a vendas forçadas, perdas e saída de estrangeiros, é um sinal clássico de aumento de risco”, afirma a Monte Bravo.

Os mercados asiáticos apresentaram desempenho modesto nesta terça-feira, refletindo o movimento de desம்பaração de ganhos observado em Wall Street no dia anterior. No Japão, o índice Nikkei 225 caiu 0,17%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,78%. Na China continental, o CSI 300 manteve-se estável.

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A Europa com valorização.

Na Europa, os mercados iniciaram a sessão em tendência negativa, devido à persistente cautela com a economia dos Estados Unidos e o comércio global. O índice pan-europeu STOXX 600 apresentava queda de 0,30% no início das negociações. Contudo, por volta do meio-dia, as Bolsas de Londres e Frankfurt indicavam uma valorização.

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No Brasil, o mercado retomou suas atividades com otimismo. Às 12h30, o dólar apresentava queda de 1,13%, sendo cotado a R$ 5,73. O Ibovespa, principal índice da B3, teve oscilações durante a manhã, mas, no mesmo horário, registrava alta de 0,65%, aos 130.495 pontos.

Os ataques de Trump

Trump criticou Powell na segunda-feira, chamando-o de “grande perdedor” e “Sr. Tarde Demais”, e acusou o atual presidente do Banco Central de favorecer o ex-presidente Joe Biden e a senadora Kamala Harris, a candidata democrata à sucessão.

Trump declarou que os índices de inflação estão em declínio, devido à redução dos preços de energia e alimentos (“incluindo o incidente com os ovos de Biden”, em referência à elevação dos preços desses produtos na última administração). Assim, o republicano acredita que o Banco Central poderia anunciar uma redução das taxas de juros.

Segundo analistas, na prática, os ataques de Trump questionaram a independência do Banco Central americano.

Fonte: Metrópoles

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