Micélio da pele produz antibiótico eficaz contra bactéria resistente

O fungo está presente na pele saudável e, por meio de subprodutos ácidos, pode combater bactérias resistentes aos antibióticos atuais.

05/05/2025 15h17

1 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

Um fungo da pele, Malassezia sympodialis, pode auxiliar na luta contra a bactéria Staphylococcus aureus, conforme um novo estudo. A S. aureus é capaz de desenvolver resistência a vários antibióticos e contribui para aproximadamente 500 mil internações anuais nos Estados Unidos. A pesquisa foi conduzida por cientistas da Universidade de Oregon, nos EUA, e divulgada na revista Current Biology em abril.

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A pesquisa indica que o fungo impede o progresso da bactéria por meio de seus subprodutos ácidos. O Malassezia sympodialis é um dos principais microrganismos presentes na pele humana saudável e evita a colonização excessiva da bactéria.

A autora principal e bióloga evolucionista Caitlin Kowalski destaca que “há muitos estudos que identificam novas estruturas de antibióticos, mas o que foi interessante sobre o nosso é que identificamos um composto bem conhecido e que já foi estudado antes”. O composto citado é o ácido 10-hidroxi palmítico (10-HP).

Com base em biópsias de pele humana de doadores saudáveis, os pesquisadores identificaram que o ácido era produzido por fungo da microbiota normal da pele. Em laboratório, a equipe de pesquisa avaliou o impacto de *M. sympodialis* sobre as cepas de *S. aureus*. Após duas horas de tratamento com a levedura, a maioria das variações da bactéria exibiu uma redução de viabilidade superior a 100 vezes.

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Com o tempo, as cepas da superbactéria desenvolveram alguma resistência ao 10-HP do fungo. Os autores do artigo afirmam que, dada a prevalência de Malassezia na microbiota da pele de mamíferos, estamos apenas começando a entender seus papéis nas interações microbianas e na resistência à colonização.

Atualmente, os pesquisadores investigam os mecanismos genéticos das infecções provocadas por estafilococos resistentes a antibióticos e buscam compreender como a bactéria apresenta mutações rápidas para evitar a ação de agentes antimicrobianos.

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Fonte: Metrópoles

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