Milei celebra decisão judicial contra Cristina Kirchner: “Justiça”

O Tribunal Supremo da Argentina confirmou a sentença de 6 anos de prisão da ex-presidente por desvio de recursos públicos.

10/06/2025 21h39

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Presidente argentino Javier Milei durante sessão de abertura da reunião do G20, no Rio de Janeiro. | Sérgio Lima/Poder360 - 18.nov.2024

O presidente da Argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza, direita), celebrou nesta terça-feira (10.jun.2025) a determinação da prisão da ex-presidente Cristina Kirchner, condenada a seis anos por desvio de dinheiro público. A publicação foi feita em seu perfil no X (ex-Twitter) com a mensagem: “Justiça. Fim”.

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O presidente argentino também utilizou a rede social para criticar a imprensa do país. “A República funciona e todos os jornalistas corruptos, cúmplices de políticos mentirosos, ficaram expostos em suas armações sobre o suposto pacto de impunidade”, escreveu Milei.

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A decisão também a torna inelegível. Ela planejava se candidatar a deputada pela província de Buenos Aires. Por ter mais de 70 anos, a ex-presidente tem o direito de solicitar a conversão da pena para regime domiciliar.

A questão se refere ao direcionamento de recursos públicos para licitações vencidas por um amigo e sócio da família Kirchner, destinados à construção de estradas na Patagônia. Diversas dessas obras nunca foram finalizadas ou foram canceladas.

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Cristina Kirchner exerceu a presidência da Argentina por dois períodos consecutivos, compreendidos entre 2007 e 2015. Em seguida, atuou como vice-presidente na gestão de Alberto Fernández, de 2019 a 2023.

Kirchner é a segunda ex-presidente a receber condenação criminal na história democrática argentina. O primeiro foi Carlos Menem (1930-2021), condenado por venda ilegal de armamentos. Se a decisão for mantida, ela será a primeira ex-presidente efetivamente presa, já que a condenação de Menem nunca chegou a ser confirmada em última instância.

A acusação afirma que o esquema fraudulento resultou em perdas de aproximadamente US$ 1 bilhão nas contas públicas argentinas. O Ministério Público apresentou como prova o aumento do patrimônio do empresário Lázaro Báez, responsável por 51 licitações. O patrimônio pessoal de Báez cresceu 12.000% entre 2004 e 2015, e a empresa registrou um crescimento de 46.000% no mesmo período.

Ademais de Cristina Kirchner, outras 9 pessoas foram julgadas no mesmo processo, entre elas Báez (6 anos), o ex-secretário de Obras Públicas José López (6 anos) e o ex-chefe da Administração Nacional de Rodovias Nelson Pierotti (6 anos). Foram absolvidos outros 4 réus.

Apesar de ter sido absolvida da acusação de associação criminosa, Kirchner foi considerada culpada pelos demais crimes imputados. Após o anúncio da decisão judicial, a ex-presidente declarou que “a condenação já estava escrita” há 3 anos e que é vítima de perseguição política.

Fonte por: Poder 360

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