Javier Milei, candidato à Presidência da Argentina pelo partido La Libertad Avanza, criticou Sergio Massa, opositor e atual ministro da Economia que concorre pelo partido Unión por la Patria, por usar o medo como estratégia de campanha.
Durante um discurso feito na cidade de Rosário, que fica a 300 km da capital Buenos Aires, na terça-feira (14), Milei defendeu que o que aterroriza os argentinos são os índices de pobreza provocados pela crise econômica que assola o país.
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“Com quase metade da população vivendo na pobreza e 10% na extrema pobreza, do que eles têm medo? Isso é o que realmente é assustador. Por isso, eu digo: não se deixem influenciar pelo medo, não deem espaço para o medo”, disse o candidato da oposição.
Ele criticou novamente o que chama de “casta política” e disse que Sergio Massa não é uma alternativa suficientemente diferente do sistema político atual para mudar a situação no país.
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“É importante entender que se você permitir que o medo te paralise, a maldita casta política sairá vitoriosa”. “Neste domingo, teremos que decidir entre o populismo e a República. Devemos perceber que é impossível obter resultados diferentes se continuarmos fazendo as mesmas coisas que foram feitas nos últimos cem anos”, declarou o candidato do La Libertad Avanza.
Críticas a Lula
Durante seu discurso, Milei criticou Massa por contratar brasileiros para trabalhar em sua campanha, censurando-o por isso, pois acredita que vai de encontro às suas ideias nacionalistas.
“[Massa] tem que economizar aquele maldito dinheiro que foi gasto com aqueles malditos brasileiros que vieram fazer uma campanha suja paga por Lula. Ele nos fala de indústria nacional e contrata brasileiros para contaminar a campanha argentina”, afirmou.
Uma equipe de marqueteiros do Brasil foi escalada por Massa para trabalhar em sua campanha.
Milei falou no mesmo dia em que Lula disse que a Argentina precisa de um presidente que aprecie a democracia e o Mercosul.
Ao comentar as eleições, Lula pediu que “lembrem que o Brasil precisa da Argentina e que a Argentina precisa do Brasil, dos empregos que o Brasil gera na Argentina e dos empregos que a Argentina gera no Brasil, do fluxo comercial entre os dois países e do quanto nós podemos crescer juntos”.
“Para isso, é necessário ter um presidente democrático, que respeite as instituições, que valorize o Mercosul e a América do Sul”, acrescentou.
