Milei e sua irmã estão sob investigação por suposta fraude envolvendo a criptomoeda Libra

A magistrada responsável requisitou ao Banco Central dados referentes às movimentações bancárias do presidente e de Karina Milei.

16/05/2025 14h15

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente da Argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza, direita), e sua irmã, Karina Milei, estão sob investigação por suposta fraude envolvendo a criptomoeda $Libra, lançada em fevereiro. O pedido foi feito pela juíza Marisa Servini, em um processo confidencial.

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O objetivo da investigação, encaminhada ao BCRA (Banco Central da Argentina), é analisar a evolução do patrimônio dos acusados desde 2023 até o presente momento. As informações são do El País.

A solicitação da juíza também inclui dois importantes nomes do mercado de criptomoedas: Mauricio Novelli e Manuel Terrones Godoy. Ambos mantêm relações próximas ao presidente. Novelli e Godoy também são amigos de Sergio Morales, ex-assessor da Comissão Nacional de Valores, que renunciou após o escândalo com a moeda.

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Novelli e Godoy teriam apresentado Milei ao empresário norte-americano Hayden Davis, criador da $Libra, e ao singapurense Julian Peh, também envolvido no esquema. Os quatro homens teriam se reunido com o presidente argentino antes do lançamento da criptomoeda.

A juíza também ordenou o bloqueio de bens e ativos de Novelli, Terrones Godoy e Morales por 90 dias. A medida compreende ainda a mãe e a irmã de Novelli, suspeitas de terem desmoblado as contas bancárias em nome do investigado após a divulgação da fraude.

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As investigações examinarão, em particular, uma suposta atividade fraudulenta ocorrida em 14 de fevereiro. Na ocasião, o presidente argentino publicou em sua conta no X (antigo Twitter), um link que promovia investimentos em Libra. A publicação coincidiu com o lançamento da criptomoeda.

Paralelamente, um grupo seleto, que compreendia os desenvolvedores da criptomoeda, adquiriu o Libra por US$ 0,01 para posteriormente vendê-lo por US$ 5, após a publicação de Milei.

Com a valorização, os principais detentores venderam suas ações, o que causou o colapso da moeda e prejuízo a milhares de investidores. A estimativa é que o lucro do esquema tenha ultrapassado US$ 100 milhões.

Ademais do processo criminal, tramita uma ação civil pelas vítimas, que busca uma indenização de US$ 4,5 milhões. Milei e sua irmã foram citadas para mediação na quinta-feira (15.mai.2025), porém seus advogados não compareceram.

Fonte: Poder 360

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