A Secretaria de Comunicação e Mídia do governo de Javier Milei (La Libertad Avanza, direita) divulgou nesta sexta-feira (23.mai.2025) uma resolução que estabelece novos critérios para a credenciamento de jornalistas que almejam acompanhar a cobertura na Casa Rosada, sede oficial da Presidência argentina.

As exigências incluem o alcance do veículo de mídia, notícias previamente publicadas pelo repórter e adesão a padrões institucionais.

Também foi definido dois modelos de credenciamento: anual e temporário, e elaborou uma matriz para avaliar se um jornalista específico pode ser admitido no Palácio do Planalto. Não especificou, no entanto, quais seriam os critérios.

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O decreto também define novas restrições para o espaço reservado aos jornalistas, com um máximo de 25 pessoas na sala de imprensa e 35 na sala de conferências principal.

Será proibida a transmissão ao vivo, a captura de imagens ou vídeos em espaços não autorizados, declarou o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni.

A declaração do porta-voz indicou que as alterações visam garantir o pleno exercício do direito dos cidadãos de receber informações objetivas, variadas e de interesse público, em condições de igualdade e transparência.

Milei mantém uma relação conflituosa com a imprensa desde sua ascensão ao poder. O presidente já ofendeu e processou jornalistas por notícias e textos de opinião que se opõem ao seu governo. Um exemplo disso foi uma ação criminal movida por ele contra Carlos Pagni, colunista do jornal La Nacion, sob acusações de ofensas e comparações consideradas desfavoráveis.

Em retaliação às ações e alegações do presidente argentino, diversos partidos de oposição lançaram um apelo por “compromisso democrático” em favor da liberdade de expressão no país.

A liberdade de imprensa é um dos pilares fundamentais de qualquer república. Sem imprensa livre, não há democracia. Sem a capacidade de expressar ideias, críticas ou investigações sem medo, não há liberdade.

Fonte: Poder 360