A Vale e a BHP propuseram uma oferta de US$ 1,4 bilhão para extinguir uma ação coletiva no Reino Unido, avaliada em £ 36 bilhões. A oferta foi feita em junho de 2025, durante reunião em Nova York. O processo é movido por 640 mil vítimas do rompimento da barragem em Mariana (MG).
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A informação foi divulgada pelo “Financial Times” na quinta-feira (7.ago.2025). O valor proposto inclui US$ 800 milhões para indenizações às vítimas e US$ 600 milhões destinados a cobrir os custos legais dos processos judiciais.
O incidente ocorreu em 5 de novembro de 2015, com o rompimento da barragem administrada pela Samarco, empresa constituída em parceria pela BHP e Vale. O deslizamento da estrutura causou uma avalanche de lama que ceifou 19 vidas.
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Caso a BHP seja considerada responsável no processo em Londres, o montante exato a ser pago seria definido em nova decisão, prevista para outubro de 2026. A Vale aceitou dividir os valores determinados como devido.
As mineradoras já estabeleceram acordo com órgãos brasileiros em 2024, elevando o montante total de indenizações para cerca de US$ 30 bilhões, a serem pagos ao longo de 20 anos. Com base nessa convenção, BHP e Vale sustentam que os processos judiciais em Londres não são mais necessários.
A Power360 contatou a BHP e o Pogust Goodhead por e-mail para solicitar uma posição sobre a proposta de encerramento da ação coletiva. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.
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A Vale declarou ao jornal digital que não irá se pronunciar sobre o assunto.
O diretor executivo renunciou ao cargo.
Nesta quinta-feira, o advogado Tom Goodhead, fundador do escritório Pogust Goodhead, que atua na defesa de vítimas, foi afastado do cargo de CEO em um momento crucial para a empresa.
Fonte por: Poder 360