As ações da Minerva (BEEF3) apresentaram a maior queda no Ibovespa nesta quinta-feira, 6 de outubro de 2025. Após a divulgação de resultados mistos, avaliados como surpreendentes em alguns aspectos, a companhia registrou uma queda de quase 9%, atingindo R$ 6,78 às 11h23 (horário de Brasília).
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O desempenho reflete uma análise complexa dos números apresentados.
Pontos Positivos e Negativos no 3º Trimestre
Apesar de números mistos, a empresa destacou um crescimento robusto nas receitas e no fluxo de caixa livre, o que chamou a atenção dos analistas. O JP Morgan reconheceu o forte crescimento da receita, com um aumento anual de 82%, ultrapassando os R$ 15 bilhões e as projeções do banco.
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A demanda firme de mercados como a Ásia e países da região Nafta impulsionou as exportações, tanto em volume quanto em faturamento.
Por outro lado, o JP Morgan observou uma queda inesperada nas margens de lucro, possivelmente devido ao aumento dos preços do boi no Brasil e aos maiores custos operacionais no exterior. O lucro líquido ficou significativamente abaixo das expectativas, com custos de financiamento elevados impactando as margens.
Análise de Outros Bancos de Investimento
O Bradesco BBI também analisou os resultados da Minerva. A instituição percebeu que a margem bruta de 16,5%, com uma queda de 110 pontos-base em relação ao segundo trimestre, foi o principal ponto de atenção. Essa queda foi 150 pontos abaixo da estimativa do BBI.
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Os analistas do Bradesco BBI consideraram o trimestre como sólido, refletindo as tendências positivas no mercado de carne bovina da América Latina, especialmente a disponibilidade favorável de gado no Brasil, que sustentou volumes robustos. A instituição também destacou a monetização de estoques da companhia, gerando caixa.
Perspectivas Futuras e Recomendações
Apesar do desempenho geral, os analistas do Bradesco BBI mantiveram a recomendação neutra, devido à incerteza sobre a recorrência da geração de caixa incremental no futuro. Os investidores estão atentos à capacidade da gestão de equilibrar a geração de caixa com a eficiência de custos nos próximos trimestres.
