Ministério da Defesa investirá R$ 179 mil em conexão de internet para treinamento com Estados Unidos

O Exército Brasileiro firmará parceria com a Starlink, empresa de Elon Musk, para uso em treinamentos militares em colaboração com forças americanas.

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(Imagem de reprodução da internet).

O Exército Brasileiro pagará R$ 179 mil à Starlink, empresa de Elon Musk, pelos serviços de internet via satélite durante o exercício combinado com as Forças Armadas dos Estados Unidos em 2025. A contratação foi incluída em um edital de R$ 993 mil para aquisição de equipamentos destinados à transmissão de dados e comunicação via satélite durante o CORE25, sigla em inglês para Exercícios de Operações Combinadas e Rotação.

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O termo de referência da licitação prevê um contrato referente a “serviços de telecomunicações, para o fornecimento de circuito de acesso à internet via satélite banda larga com uso da rede de satélites interconectados Starlink em órbita terrestre baixa (LEO), para uso itinerante, incluindo suporte técnico e manutenção pelo período de 12 meses”.

O proprietário do X (anteriormente Twitter) já expressou críticas contundentes ao governo e ao Judiciário brasileiro, em especial em relação às decisões do ministro Alexandre de Moraes sobre o bloqueio de perfis na rede social. A plataforma foi multada e suspensa no Brasil em decorrência do descumprimento dessas determinações. Como membro da gestão de Donald Trump, o empresário defende a aplicação de sanções a Moraes e a outros envolvidos em medidas definidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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Operações conjuntas

O exercício conjunto com as tropas americanas será realizado na primeira metade de novembro, nos municípios de Petrolina e Lagoa Grande, em Pernambuco, no bioma da Caatinga. As principais aquisições para as operações conjuntas com o exército dos EUA são dois sistemas de comunicação que possibilitam a coleta de dados de campo com até cinco canais, sincronizados via satélite.

Esses sistemas, com um custo de R$ 74,2 mil e caracterizados como magnetotelênricos (MT) e magnetotelênricos de frequência (MTU), utilizam equipamentos geofísicos padrão para a coleta de dados, que contribuem para a organização e o desempenho da tropa em situações de combate.

O edital exige que os equipamentos sejam portáteis, com acesso à internet via satélite para envio e recebimento simultâneo de voz e dados (telefone e internet), e possuam capacidade de transmissão de 464 kbps. O documento cita como referência o BGAN Explorer 510, desenvolvido para regiões remotas, sem cobertura de internet 3G ou 4G. O equipamento é fornecido com uma carcaça de magnésio, resistente à água e à poeira, adaptado a condições extremas.

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Comunicação por telefones via satélite.

A aquisição planejada pelo Exército Brasileiro para o CORE25 compreende também 25 telefones via satélite, itens de maior custo da licitação, orçados em R$ 367,2 mil. Os dispositivos devem apresentar autonomia de 8 horas em chamadas e 100 horas em modo de espera, ser resistentes a poeira e água, suportar temperaturas extremas, possuir entradas Micro USB e de áudio, porta para antena, bluetooth 2.0, GPS e capacidade de envio de mensagens via web.

A licitação também prevê a aquisição de 50 rastreadores pessoais via satélite do tipo SPOT Gen4 – equipamentos com 8,7 cm de altura e 6,5 cm de largura, equipados com baterias que possibilitam o uso contínuo por mais de 20 dias. Os aparelhos terão um custo de R$ 91,6 mil, conforme o estudo técnico do edital. Outros itens inclusos na compra são três telas de projeção (1,82 m de altura por 2,43 m de largura), quatro notebooks e 12 modems roteadores.

Fonte: Metrópoles

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