Ministério da Saúde Lança Plano Internacional de Adaptação Climática à Saúde
O Ministério da Saúde anunciou o lançamento, nesta quinta-feira (13), do primeiro plano internacional de adaptação climática dedicado exclusivamente à saúde. O documento, fruto de um esforço colaborativo com outros quatro países – Reino Unido, Egito, Azerbaijão e Emirados Árabes – visa auxiliar na preparação dos sistemas de saúde para os efeitos das mudanças climáticas, especialmente em populações vulneráveis.
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Plano Desenvolvido com Colaboração Internacional
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, liderou a construção do plano, que foi inicialmente apresentado em maio, durante a Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde em Genebra. Após consultas públicas, reuniões temáticas e colaborações, a expectativa é que dezenas de países formalizem seu compromisso de implementação.
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Padilha ressaltou que o Brasil, junto com o grupo de Baku, busca que as resoluções finais da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) coloquem a saúde como tema central no enfrentamento das mudanças climáticas.
Desafios e Ações do Plano
A pasta do Ministério da Saúde avalia que eventos climáticos extremos, como enchentes e secas, estão se tornando mais frequentes e representam um desafio crescente para os sistemas de saúde. O aumento das temperaturas também impacta na proliferação de doenças, como a dengue, e na mortalidade por calor extremo, além de afetar a qualidade do ar e, consequentemente, as doenças respiratórias.
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A desigualdade social e a redução da qualidade de vida também são fatores relevantes a serem considerados.
Exemplo Prático: Rio Bonito do Iguaçu
Para ilustrar a aplicação do novo plano, Padilha mencionou o caso de Rio Bonito do Iguaçu, cidade paranaense devastada por um tornado no último fim de semana. O governo federal já tomou a iniciativa de reconstruir as unidades de saúde da cidade com características de “unidades de saúde resilientes”.
Essas unidades, com padrões construtivos que garantem sua sobrevivência em situações de desastres, possuem conexões adaptáveis e sistemas de informação de saúde, como o da Farmácia Popular, que assegura o acesso à medicação.
Apoio e Mobilização de Recursos
No fim de semana, equipes do governo federal, incluindo a Força Nacional do Saúde, composta por médicos sanitaristas, enfermeiros e especialistas em saúde mental, atuaram em Rio Bonito do Iguaçu, em apoio às forças locais. O plano internacional de adaptação em saúde possui três linhas de ação: monitoramento de dados, construção de sistemas de saúde resistentes e atenção às populações vulneráveis.
Para a concretização dos planos, haverá redirecionamento de recursos já existentes e a atração de recursos privados e financiamento em bancos multilaterais. Cerca de US$ 160 milhões já foram destinados ao Brasil em ações de adaptação do serviço de saúde, e o governo busca captar mais recursos, incluindo um pedido de financiamento no banco dos Brics, o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), para a construção de hospitais inteligentes.