O Ministério das Relações Exteriores uruguaio solicitou a retomada de negociações sobre a área conhecida como “Rincão de Artigas”, em Santana do Livramento, fronteira oeste do Rio Grande do Sul, buscando resolver a disputa territorial por vias diplomáticas.
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De acordo com a CNN, as primeiras negociações envolverão diálogos com os representantes das chancelerias dos dois países. O Brasil defende a manutenção da posse do território.
A área compreende 237 km², e, não sendo local de preservação ambiental ou produção agrícola, foi doada pelo governo federal à Eletrobras para a construção de um parque ecológico. A estrutura já recebeu mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos.
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Este projeto, que eventualmente poderá suprir a energia elétrica para aproximadamente 1,5 milhão de consumidores, intensificou a disputa pela região.
A comunicação de Montevidéu reiterou as dúvidas sobre a validade da posse territorial do Brasil. No documento, as autoridades uruguaias recordaram que a discussão já foi levantada em 1988, ano da promulgação da Constituição brasileira, e que ambos os países buscam a “irmandade, equidade e justiça”.
O Uruguai sustenta que, na obtenção de sua independência em 1856, houve um acordo para a definição das fronteiras do novo país, porém, a demarcação foi realizada de forma equivocada, resultando na posse indevida do Rio Grande de Artigas pelo Brasil.
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No Google Maps, o território em questão apresenta limites demarcados por linhas tracejadas – o recurso é o mesmo empregado em áreas com fronteiras em litígio entre países ou que não são oficialmente reconhecidas.
Fonte por: CNN Brasil