Na quinta-feira (15), o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou que o Ministério não tinha conhecimento da magnitude das fraudes no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) até a operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU), em 23 de abril.
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“Ninguém conhecia anteriormente o tamanho dessas fraudes, isso só se tornou público depois da operação. Antes disso nós recebíamos as informações do INSS. Nós não recebíamos esses números, eles não estavam colocados”, afirmou o ministro.
A investigação constatou que sindicatos e associações cobraram indevidamente bilhões de reais de aposentados e pensionistas. O montante total pode atingir aproximadamente R$ 6 bilhões, entre os anos de 2019 e 2024.
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Wolney Queiroz, que deixou o cargo de secretário-executivo do Ministério da Previdência Social para assumir a pasta em maio, foi convocado pela comissão para fornecer informações sobre as fraudes envolvendo descontos não autorizados.
Durante a audiência, quando questionado sobre por que o governo não agiu em 2023, diante das denúncias apresentadas pela conselheira Tonia Galleti, do Conselho Nacional do INSS, conforme ata de reunião, Wolney afirmou que o governo tomou providências e que a investigação durou dois anos.
O governo tomou as medidas necessárias. O que todos sabíamos era o que estava na imprensa, com menções aos descontos e uma investigação da CGU que durou, praticamente, dois anos. Se fosse uma questão simples de ser detectada, senador Sergio Moro, essa ação teria sido deflagrada em 2023. É uma coisa que demanda responsabilidade, serenidade, tempo e, então, as informações chegaram ao público quando a deflagração da operação.
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Nós, como Ministério da Previdência Social, recebíamos a informação do INSS de que as medidas estavam sendo tomadas, que os critérios estavam sendo endurecidos, que as modalidades estavam mais rigorosas, que as reclamações estavam diminuindo.
Fonte: CNN Brasil