Ministra Cármen Lúcia relata discriminação racial contra si à Comissão de Ética

A situação se repetiu com Vera Lúcia Santana de Araújo, suplente do TSE, que teve a entrada inicialmente negada em evento da Presidência, ao qual foi convidada.

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(Imagem de reprodução da internet).

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, declarou nesta terça-feira (20) que protocolou uma denúncia na Comissão de Ética da Presidência da República referente a um incidente de racismo envolvendo a ministra Vera Lúcia Santana de Araújo, que a substitui na Corte.

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“Gostaria de iniciar tornando pública uma ocorrência de muita gravidade e infelicidade”, afirmou presidente da Corte. “Uma das integrantes desse tribunal foi centro de uma inaceitável conduta de discriminação, racismo, um tratamento indigno, quando ela se apresentava atendendo um convite”, disse a presidente do TSE.

Formalizei hoje o presidente da Comissão de Ética da República para dar ciência do agravo que pode configurar até crime. E, que de toda sorte, agrava cada brasileiro e cada brasileira, além de atingir a Justiça Eleitoral como um todo.

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O incidente ocorreu na última sexta-feira (16), quando Vera Lúcia não conseguiu acessar o 25º Seminário Ética na Gestão, organizado pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República, apesar de ter sido convidada e apresentado sua carteira funcional que atestava seu cargo.

Vera Lúcia foi a segunda mulher negra a integrar a Corte Eleitoral, designada em 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ela exerceu a gestão das diretorias da Fundação Cultural Palmares, da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal (Funap) e atuou como secretária-adjunta de Políticas para a Igualdade Racial do Distrito Federal.

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Vera Lúcia, que estava prevista para palestrar no evento, foi inicialmente impedida de entrar. O seminário, com o tema “Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação”, reuniu aproximadamente 600 pessoas, tanto virtualmente quanto presencialmente.

Enquanto falava, a ministra declarou que sua colega da Corte teve permissão para entrar após algumas medidas, possibilitando a realização da palestra. Ela complementa que Jorge Messias, advogado-geral da União, encaminhou uma carta de solidariedade à ministra atingida e que “tomará providências para apurar o ocorrido”.

A CNN contatou a Presidência da República para obter posicionamento e espera resposta.

da fala de Carmen Lucia.

Fonte: CNN Brasil

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