Ministro discorre sobre “resposta” alemã se Israel anexar Cisjordânia ocupada

Johann Wadephul emite um alerta antes de sua viagem a Israel, mencionando o aumento do apoio internacional à instituição do Estado palestino.

01/08/2025 9h08

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(Imagem de reprodução da internet).

Antes de viajar a Israel e à Palestina, o ministro das Relações Exteriores alemão, Johann Wadephul, emitiu comunicado na quinta-feira (31.jul.2025) afirmando que a Alemanha “será obrigada a responder” diante de “ameaças” por parte de ministros israelenses de anexar a Cisjordânia ocupada.

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Diante das ameaças explícitas de anexação por parte de alguns integrantes do governo israelense, um número crescente de países – incluindo muitos na Europa – está agora preparado para reconhecer um Estado palestino, mesmo sem um processo de negociação prévio, afirmou Wadephul, segundo a agência Reuters.

Após a França anunciar o reconhecimento do Estado palestino em setembro, durante a Assembleia Geral da ONU, o Reino Unido e o Canadá, entre outros países do G7, também indicaram que seguirão o mesmo caminho.

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“Se forem adotadas medidas unilaterais por Israel”, como a anexação de territórios, “a Alemanha também será obrigada a responder”, declarou o ministro.

A viagem de Wadephul a Israel e Palestina foi considerada por Berlim como uma missão para verificar a situação no local, devido à crescente preocupação da comunidade internacional com uma crise de fome em Gaza.

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As declarações do ministro das Relações Exteriores foram vistas como o alerta mais contundente da Alemanha a Israel desde o início da guerra em Gaza, que teve origem em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas.

A crítica aponta que a postura alemã permanece excessivamente prudente, devido ao sentimento de culpa histórica gerado pelo Holocausto, que ceifou milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Aquele excessivo cuidado terminaria por minar uma reação unificada do Ocidente para pressionar Israel.

Wadephul reiterou que uma resolução sustentável para a guerra em Gaza só pode ser alcançada através da negociação para a coexistência de dois Estados.

O ministro alemão declarou que o processo de paz no Oriente Médio encontra-se em um momento crítico e, por conseguinte, as negociações para alcançar uma solução de dois Estados devem iniciar imediatamente.

A coligação que apoia o governo de Netanyahu em Israel compreende dois partidos de extrema-direita que promovem a ocupação completa de Gaza e a retomada da instalação de comunidades judaicas na área.

Dois ministros do governo declararam na quinta-feira (31.jul) seu apoio à anexação da Cisjordânia, que atualmente está sob ocupação de Israel.

O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 resultou na morte de 1.200 israelenses e desencadeou a guerra em Gaza. De acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, mais de 60.000 palestinos faleceram desde então.

Ademais, organizações internacionais e autoridades de saúde alertam para um número crescente de civis morrendo de fome e desnutrição, intensificando as críticas a Israel por suas restrições à entrada de ajuda humanitária no enclave.

Fonte por: Poder 360

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