Ministro justifica atuação da Controladoria-Geral da União em investigação de irregularidades do INSS após divulgação de material com Nikolas

Vinícius de Carvalho afirma que Lula instruiu o órgão a ser inflexível no combate a qualquer tipo de corrupção.

08/05/2025 15h55

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinícius de Carvalho, defendeu nesta quinta-feira (8.mai.2025), em vídeo compartilhado em seu perfil no Instagram, a atuação do órgão durante a operação que apura até R$ 6,5 bilhões em descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) por sindicatos e outras entidades.

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O ministro declarou que, desde o início das investigações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou para que a CGU fosse implacável contra qualquer ato de corrupção. “E é isso que estamos fazendo”, disse. Ele afirmou que a controladoria investiga a responsabilidade dos envolvidos, “quanto desviaram e como irão pagar pelo crime”.

O movimento se inicia após o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmar que a CGU não alertou os colegas da Esplanada sobre os descontos indevidos e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) publicar um vídeo sobre as fraudes no INSS. Na gravação, divulgada na terça-feira (6.mai) e que já acumula 129 milhões de visualizações no Instagram, o congressista critica o governo Lula e classifica o caso como “o maior roubo da história”.

Leia também:

Diante das informações falsas divulgadas nas redes sociais, em nome da Controladoria Geral da União, venho a você esclarecer pontos importantes da operação […]. Trabalhamos muito aqui, com seriedade e sem alarde, sem demagogia, afirmou Vinícius de Carvalho.

Assista (2min40s):

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Operação sem desconto.

A Polícia Federal instaurou, em 23 de abril de 2025, a operação Sem Desconto para apurar um esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões do INSS. A operação executou 211 mandados judiciais de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária no Distrito Federal e em 13 estados.

A Polícia Federal identificou irregularidades nos descontos de taxas associativas cobrados sobre benefícios previdenciários, incluindo aposentadorias e pensões concedidos pelo INSS.

O governo comunicou que, em 2023, a CGU iniciou uma série de investigações sobre o incremento no número de entidades e nos valores descontados das aposentadorias. Nesse processo, foram conduzidas auditorias em 29 entidades que possuíam Acordos de Cooperação Técnica com o INSS, além de entrevistas com 1.300 aposentados que apresentavam descontos em folha de pagamento.

A CGU apontou que as entidades careciam de estrutura operacional para os serviços prestados e que a maioria dos entrevistados não autorizou os descontos. A Controladoria também constatou que 70% das 29 entidades analisadas não apresentaram a documentação completa ao INSS.

Na operação, seis pessoas foram afastadas de suas funções. Dentre elas, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

Fonte: Poder 360

CGU
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