Carlos Lupi, alvo da oposição e até de colegas do governo, que passaram a defender sua saída do comando do Ministério da Previdência, foi aconselhado por aliados a comparecer à Câmara dos Deputados para explicar o escândalo envolvendo o INSS.
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Lupi confirmou sua participação na terça-feira (29/4) na Comissão de Previdência Social da Câmara, formada por quase 80% de parlamentares ligados ao ex-presidente Bolsonaro.
Em conversas com o ministro, aliados sugeriram que Lupi vá à comissão para tentar “controlar a narrativa”. A avaliação é que, se ele faltar, pode ser ainda mais alvo de “ataques”.
O ministro teria sido acionado para depor se não tivesse comparecido à Câmara. Nesse cenário, a convocação seria obrigatória.
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Defesa do governo
A proposta é que o ministro já explique a Operação Desconto antes de qualquer questionamento. Carlos Lupi irá lembrar aos parlamentares que os desvios iniciaram-se em 2019, antecipadamente ao governo atual de Lula.
O ministro também deve utilizar um argumento que acompanha a posição do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Sidônio Palmeira, de que o governo Lula está atuando para combater fraudes.
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A operação
A Polícia Federal executou mais de 200 mandados de busca e apreensão e seis prisões na Operação Sem Desconto, que apura fraudes em empresas por meio de descontos. Foram arrecadados R$ 6,3 bilhões provenientes de mensalidades cobradas de aposentados.
A denúncia publicada pelo Metrópoles resultou no afastamento judicial do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e de outros membros da alta cúpula do órgão.
Fonte: Metrópoles