Ministro sugere que o Congresso possa reduzir a jornada de trabalho, encerrando a sessão plenária na 61ª hora
Para Luiz Marinho, o parlamento pode iniciar um debate maduro sobre a escala e as horas semanais de trabalho, sem causar impacto ao empresariado.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, declarou que, caso haja uma chance tênue de morte imediata devido à escala 6×1, o Congresso poderia votar uma diminuição da jornada para 40 horas semanais.
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Marinho afirmou, neste sábado (10), que seria plenamente possível o Congresso aprovar a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário e iniciar um processo maduro de debate para chegar a 6 horas de trabalho.
A escala 61 é uma jornada árdua, sobretudo para as mulheres, segundo o ministro do Trabalho.
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Vislumbra-se que é possível, totalmente possível (aprovar a redução da jornada) com um debate responsável, com tranquilidade, sem criar um susto para o empresariado. É preciso olhar isso sobre todos os aspectos.
A declaração de Marinho ocorreu durante sua participação na Feira Nacional da Reforma Agrária, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), em São Paulo.
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Discussões
A Câmara dos Deputados criou uma subcomissão especial para discutir uma Proposta de Emenda à Constituição que busca extinguir a escala 6×1.
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) assumirá a presidência do colegiado.
Atualmente, a Constituição estabelece que a duração da jornada de trabalho não deve exceder 44 horas semanais.
A sugestão de Hilton seria estabelecer um limite de 36 horas, distribuídas em até quatro dias da semana.
O projeto para o fim da escala 6 voltou à pauta do Congresso em meio às celebrações do Dia dos Trabalhadores, principalmente após o presidente Luiz Inácio Lula Silva (PT) se manifestar pela primeira vez sobre as discussões, apoiando-as.
É hora do Brasil dar esse passo, considerando a voz de todos os setores da sociedade, para assegurar o equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras.
Com informações da Agência Brasil
Fonte: CNN Brasil