Modelo colombiana é morta após ação de influenciadora mexicana

Tem sido comparado com o caso de Valeria Márquez, influenciadora digital assassinada em transmissão ao vivo no México.

19/05/2025 11h43

3 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

O assassinato de uma modelo e influenciadora digital de 22 anos na Colômbia provocou comoção no país e estabeleceu paralelos com a morte de outra influenciadora mexicana na semana anterior, evidenciando os elevados índices de feminicídio na América Latina.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Maria José Estupinan, estudante universitária na cidade de Cúcuta, no nordeste da Colômbia, foi assassinada em 15 de maio, conforme informou Magda Victoria Acosta, presidente da Comissão Nacional de Gênero do Poder Judiciário Colombiano.

Acosta declarou, em coletiva, que o indivíduo, usando disfarce de entregador, disparou tiros contra Estupinan em sua residência quando ela respondeu à porta.

LEIA TAMBÉM:

“Ela era uma mulher jovem e empreendedora com uma vida inteira pela frente, mas esses sonhos foram interrompidos, assim como os sonhos de muitas mulheres neste país”, declarou Acosta.

Acosta acrescentou que Estupinan havia sido vítima de violência doméstica e estava prestes a receber uma indenização por isso. Ela falou que a comissão condenou “com veemência” o crime e trabalharia para fazer justiça.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As autoridades estão conduzindo uma investigação sobre o homicídio.

A CNN contatou a Polícia Nacional Colombiana e o Ministério Público para obter mais informações.

Maria Jose Estupinan compartilhava imagens de suas viagens e da vida diária, abrangendo visitas a Nova York e Califórnia, além de fotos dela em piscinas ou na academia em seu perfil do Facebook.

O incidente recebeu ampla cobertura da mídia local e repercussão nas redes sociais, com diversos observadores fazendo paralelos com o homicídio a tiros da influenciadora de beleza Valeria Márquez, de 23 anos, ocorrido em 13 de maio, no México.

Poucos dias antes da morte de Estupinán, Márquez foi assassinado em direto, em um salão, por um invasor.

As autoridades do estado de Jalisco, México, estão investigando a morte de Márquez, suspeitando de feminicídio – o assassinato de uma mulher ou menina por razões de gênero.

A maioria dos homicídios que afetam mulheres se enquadra na categoria de feminicídio.

Em 2020, um quarto dos assassinatos de mulheres no México foram investigados como feminicídios, com casos relatados em cada um dos 32 estados do país, conforme dados da Anistia Internacional.

Acosta não informou se a morte de Estupinán foi considerada suspeita de feminicídio — porém, o assassinato evidenciou a grande magnitude da violência contra as mulheres na Colômbia.

A violência de gênero é generalizada no país, inclusive por grupos armados, de acordo com a organização sem fins lucrativos Human Rights Watch.

Vítimas enfrentam inúmeros entraves para obter assistência ou reparação, e os agressores são raramente responsabilizados, constatou o grupo no Relatório Mundial de 2024.

A Comissão Nacional de Gênero da Colômbia identificou milhares de casos de violência de gênero e doméstica, com notáveis índices de violência sexual, negligência, abandono e violência psicológica, afirmou Acosta.

Entre janeiro e agosto do ano passado, cerca de 41 mulheres foram reportadas como desaparecidas na Colômbia, com 34 casos em Cúcuta, onde Estupinán residia, segundo Acosta. Diversas das mulheres envolvidas eram menores de idade.

A região nordeste da Colômbia tem apresentado maior instabilidade recentemente, marcada por um aumento significativo nos conflitos entre grupos armados.

O aumento da violência na região de Catatumbo causou o deslocamento de dezenas de milhares de pessoas em janeiro, com muitos deles migrando para Cúcuta, onde o exército colombiano mobilizou milhares de soldados e forças especiais.

Fonte: CNN Brasil

Ative nossas Notificações

Ative nossas Notificações

Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.