Monica Seles compartilha batalha contra miastenia e promove a conscientização

A ex-tenista sérvia, que possui nove títulos de Grand Slam, relatou ter iniciado a apresentar sintomas da doença em 2023: “Gostaria que alguém como eu c…

13/08/2025 14h26

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(Imagem de reprodução da internet).

Monica Seles, ex-tenista de origem sérvia e com nove títulos de Grand Slam, revelou que convive com miastenia grave há pelo menos três anos. A condição autoimune crônica causa fraqueza muscular e foi diagnosticada em 2023, quando a atleta começou a perceber dificuldades durante suas partidas e aulas de tênis. Em entrevista à agência de notícias Associated Press, Seles comentou sobre os desafios impostos pela doença. “Eu estava brincando com algumas crianças ou familiares e perdia uma bola. Eu pensava: ‘É, estou vendo duas bolas’. Esses são sintomas óbvios que não dá para ignorar”, afirmou Seles. “Para mim, foi aí que essa jornada começou. Levei um bom tempo para realmente absorver e falar abertamente sobre isso, porque é uma questão difícil. Afeta bastante o meu dia a dia.”

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Steffi Graf não obteve, em sua carreira, o título de Wimbledon. Seu primeiro Grand Slam foi alcançado aos 16 anos, na edição de 1990 de Roland Garros, torneio que conquistou mais duas vezes (1991 e 1992). Também obteve quatro campeonatos no Aberto da Austrália (1991, 1992, 1993 e 1996) e dois no US Open (1991 e 1992). É lembrada também por um incidente grave. Em 1993, aos 19 anos, durante um torneio em Hamburgo, na Alemanha, foi vítima de um atentado com facada na região das costas, após um invasor ter cortado cerca de 1,5 cm entre os ombros. Posteriormente, a polícia identificou o criminoso como um indivíduo obcecado por Steffi Graf, uma grande rival na época.

Aposentada desde 2008, Seles manteve o tênis por perto e continuou jogando por diversão. Nunca havia ouvido falar da doença, que é mais comum em mulheres adultas abaixo de 40 anos e homens acima de 60, embora ocorram em qualquer idade, segundo o Instituto Americano de Distúrbios Neurológicos e Derrame. Após notar sintomas como visão dupla e fraqueza nos braços e pernas, foi encaminhada a um neurologista e diagnosticada. Até secar o cabelo havia se tornado um ato de muito esforço.

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Quando recebi o diagnóstico, pensei: “O quê?! Então é aqui que — não posso enfatizar o suficiente — eu decido que gostaria que alguém como eu falasse sobre isso. Agora, ela tenta levar informações sobre sua condição às pessoas. Anunciou, nesta terça-feira, uma parceria com a empresa de imunologia Argenx Se para aumentar a conscientização e a compreensão sobre miastenia grave e conectar as pessoas afetadas aos recursos de apoio disponíveis. Tal momento é considerado mais um de muitos recomeços de sua vida.

Tive que recomeçar quando vim para os EUA com 13 anos (da Iugoslávia). Não falava o idioma; deixei minha família. Foi um momento muito difícil. Então, obviamente, me tornar uma grande jogadora também foi um recomeço, porque a fama, o dinheiro, a atenção mudam tudo, e é difícil para uma jovem de 16 anos lidar com tudo isso. Depois, obviamente, meu esfaqueamento — tive de fazer um grande recomeço, disse.

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Então, realmente, ser diagnosticada com miastenia grave: outro recomeço. Mas uma coisa, como digo às crianças que ensino: “Vocês precisam sempre se adaptar. Essa bola está quicando, e vocês simplesmente precisam se adaptar. E é isso que estou fazendo agora.”

Reportagem produzida com auxílio de IA e O Estado de S. Paulo

Fonte por: Jovem Pan

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