Devido às chuvas intensas que ocorreram em São Paulo na sexta-feira (3), a cidade ficou sem energia elétrica por quase dois dias. Nesse domingo (5), muitos moradores procuraram maneiras de recarregar seus celulares. Alguns foram a shoppings e estações do Metrô de São Paulo.
De acordo com a Enel Distribuição São Paulo, as áreas mais prejudicadas foram as regiões sul e oeste da cidade. No entanto, também houve relatos de falta de energia nas regiões leste e norte.
Continua depois da publicidade
Cerca de 1 milhão de endereços ainda estão sem luz na cidade de São Paulo. A previsão é que o serviço seja totalmente restabelecido até terça-feira (7).
A promotora de vendas Rafaele Benevides, 36 anos, mora no bairro Recanto Verde do Sul, em São Mateus, na zona leste de São Paulo. Desde sexta-feira, ela está sem energia elétrica na residência.
Continua depois da publicidade
No mesmo dia, meu celular acabou ficando sem bateria e não tinha nenhum lugar próximo com energia para carregá-lo.
No sábado passado, não pude trabalhar porque fiquei em casa, na me esperança de que a luz voltasse. Fiquei o dia todo sem celular. Somente no domingo, saí de casa com minha prima e minha sobrinha para procurar um lugar para carregar o aparelho.
“Como trabalho na segunda-feira (6), achei melhor vir até uma estação do Metrô. Eu iria até Corinthians-Itaquera, na zona leste mesmo, com elas, onde até meu pai foi carregar o celular dele, mas, com o transporte gratuito, decidimos vir até a estação Paulista para passear um pouco também”, disse Rafaele.
Em relação à falta de energia, ela menciona os problemas que teve. Ela perdeu alimentos porque a eletricidade demorou para voltar. A falta de comunicação também está sendo difícil, disse ela. Ela espera que a luz volte antes de terça-feira, dia em que a Enel Distribuição São Paulo prometeu restabelecer o serviço.
Nas redes sociais, pessoas de São Paulo também compartilham vídeos de outras pessoas que foram aos shoppings para carregar seus celulares.
Genalva Ferreira de Araújo, uma auxiliar de limpeza de 39 anos, também conseguiu carregar o telefone celular na estação Paulista do Metrô pela manhã deste domingo. Ela usou um espaço com tomadas disponíveis.
“Como não voltou a energia no bairro onde moro, também achei melhor vir a um local seguro carregar o aparelho. Como não trabalhei na sexta, fiquei sem celular mesmo. Mas, na segunda-feira, eu trabalho e preciso do celular para me comunicar e também acordar cedo. Uso como despertador”, afirmou Genalva.
Outra crítica, além da falta de luz, é com relação ao preço do pacote de velas. “Um pacote que custa R$ 5, em média, está sendo vendido por R$ 20, em pequenos supermercados de São Mateus. Achei um absurdo. Fui em uma rede grande de supermercado e achei o pacote por R$ 8. Mas lá já tinham poucas unidades. Só sei que não vou mais deixar faltar vela em casa”, destacou Rafaele.
A sobrinha dela, Ísis Rafaele dos Santos, de 9 anos, veio com a tia até a região da Paulista e aproveitou para trazer o celular da mãe para carregar. “Ela pediu para eu trazer e carregar para ela. Aproveitei também para conhecer a Avenida Paulista e passear um pouco também.”
No sábado, de acordo com Rafaele, tinha fila para carregar celulares no Shopping Itaquera, na zona leste. “Meu primo disse que estava cheio. Muitas pessoas tentando carregar o celular”, falou ela.
Além de estar sem energia, Genalva também não tem água desde sábado. Ela está economizando para não ficar sem água também. Ela tem uma caixa d’água, mas não há previsão para o abastecimento ser normalizado. Ela está muito triste com isso.
