Moraes investiga o caso de Garnier em que houve troca de comando militar

O ministro menciona reportagem que relaciona a ausência do ex-comandante da Marinha ao dever de prestar contas a Lula.

23/05/2025 19h59

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(Imagem de reprodução da internet).

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, questionou a ausência do ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, na cerimônia de transferência do comando do Setor Militar em 31 de dezembro de 2022.

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O questionamento ocorreu durante o depoimento do comandante da Marinha, almirante Marcos Olsen, perante o STF. O oficial respondia às perguntas do advogado de Garnier acerca de supostas ordens que ter-se-ia recebido em 2022 para frustrar o processo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de confirmar sua ausência na festa de transição.

O juiz questionou se se trata de uma troca de ordens por ações do presidente, e se existe essa cerimônia de transmissão onde todos os órgãos competentes são convidados e ocorre a transferência formal de comando.

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Moraes respondeu que: “Sim, a cerimônia consagra a investidura no cargo”.

O ministro e relator do caso prosseguindo, declarou que a ausência de Garnier violava uma tradição militar, o que a testemunha confirmou, afirmando desconhecer registros da ausência de um antigo comandante em uma cerimônia de transição de cargo.

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O juiz então mencionou uma reportagem que vinculava a falta de reverência de Garnier à necessidade do comandante não prestar homenagem ao novo presidente da República. Seria, nesse caso, Lula. “Essa é realmente a tradição?” perguntou.

Sim, desde que o presidente conduzia a cerimônia. Mas minha cerimônia foi presidida por José Múcio, dedicando-se a ele.

A defesa questionou sobre a transferência do comando do Setor Militar em 31 de dezembro daquele ano, ainda que Garnier não tenha participado da festa de transição. O almirante, por sua vez, confirmou.

Paulo Gonet, procurador-geral da República, também questionou se Olsen tinha conhecimento de “reuniões sobre o golpe com participação do comando [militar]”.

“Nenhuma ciência, absolutamente ignorava o ocorrido nessas reuniões”, afirmou o militar em depoimento, sabendo disso com a imprensa.

Fonte: CNN Brasil

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