Moraes não é radical e tem demonstrado atitudes de reconciliação, afirma Temer
Ex-presidente defende Moraes, mencionando a soltura de presos do 8 de janeiro; ambos são alvo de críticas por parte de bolsonaristas.

O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou que o ministro Alexandre de Moraes (STF) “não é radical” e agiu com “coragem jurídica” para assegurar as eleições de 2022 após o dia 8 de janeiro. Segundo o ex-chefe do Executivo, a postura do magistrado em relação aos presos pela tentativa de golpe busca a “pacificação do país”.
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Ele já liberou muita gente. Fez uma coisa adequada no momento que deveria fazer, não é? Para garantir as eleições e está fazendo agora com vistas à pacificação do país. Aquelas penas de 14, 15, 17 anos devem ser reduzidas. Isso está começando a acontecer. E há instrumentos jurídicos para isso.
O ex-presidente reiterou que, embora o Congresso possa conceder anistia, o STF deve revisar a dosimetria das penas. Em abril, já havia declarado que essa seria a medida mais adequada para evitar um “mal-estar”.
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Em 2017, Moraes foi nomeado para o STF por Temer, sucedendo Teori Zavascki, que faleceu em um acidente aéreo em Paraty (RJ).
O ministro tem sido criticado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que o acusam de perseguir os investigados pela destruição das sedes dos Três Poderes em 2023.
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As decisões do juiz contribuíram para a ocorrência de atos bolsonaristas em 2024, incluindo a suspensão do X e a divulgação de investigações extraoficiais conduzidas pelo TSE contra aliados de Bolsonaro.
Já Temer enfrentou críticas ao propor a articulação de cinco governadores em busca de uma terceira via para 2026. Entre os que se opuseram publicamente à ideia, estão Fabio Wajngarten, chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Bolsonaro, e o pastor Silas Malafaia.
Fonte: Poder 360