Moraes solicita julgamento presencial do núcleo 2 da trama golpista com ex-assessores de Bolsonaro

Seis réus associados a Bolsonaro enfrentarão julgamento por tentativa de golpe, organização criminosa e dano qualificado.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Ministro do STF Solicita Julgamento Presencial de Réus em Caso de Golpe

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao presidente da Primeira Turma, ministro Flávio Dino, a marcação do julgamento presencial dos seis réus do núcleo 2 da suposta trama golpista. A solicitação foi feita após a conclusão da fase de instrução processual e a apresentação das alegações finais pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na decisão assinada em 11 de outubro, Moraes afirmou: “Considerando o regular encerramento da instrução processual (…), solicito ao excelentíssimo Presidente da Primeira Turma, Ministro Flávio Dino, dias para julgamento presencial da presente ação penal”.

Acusações Relacionadas ao 8 de Janeiro

Os réus a serem julgados incluem Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal, Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, Marília Ferreira de Alencar, delegada da PF, Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, e Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

LEIA TAMBÉM!

A PGR acusa o grupo de liderar iniciativas de uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou a condenação dos seis réus por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e dano qualificado.

Defesas Contestam Acusações

O general da reserva Mário Fernandes teria mantido contato com Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, e com o general Braga Netto, já condenado por envolvimento na mesma trama. Mensagens apresentadas pela PGR indicam que Fernandes pediu ajuda para “segurar a PF” e evitar ordens judiciais contra manifestantes acampados em frente a quartéis do Exército.

As defesas dos réus utilizaram argumentos do ministro Luiz Fux, que divergiu de Moraes em um julgamento anterior, onde apenas Braga Netto e Mauro Cid foram condenados por um único crime. Com base nesse voto, os advogados de Mário Fernandes, Silvinei Vasques e Marília Alencar pediram absolvição ou redução das penas, alegando a ausência de “violência ou grave ameaça” e contestando as imputações de organização criminosa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Embora tenham tentado reverter as acusações, os fundamentos de Fux foram rejeitados pela maioria da Primeira Turma no julgamento do núcleo 1. Agora, cabe a Flávio Dino definir a data para a análise do núcleo 2, dando continuidade ao processo que investiga a tentativa de golpe.

Sair da versão mobile