Moro acrescenta tabela para reduzir custos de campanha em processo de cassação
13/12/2023 às 10h05

A defesa do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) anexou uma tabela em suas alegações finais para “desinflar” e “desmitificar” seus gastos de campanha no processo de cassação de sua candidatura no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE), conforme documento.
No material, o senador informa que foram gastos R$ 1.891.349,73 na pré-campanha à Presidência da República pelo Podemos entre novembro de 2021 e março de 2022.
O União Brasil gastou outros R$ 1.829.187,69 antes das eleições para financiar as pré-campanhas de senadores e deputados federais por São Paulo, de abril a junho de 2022. Além disso, desembolsou R$ 2.319.157,31 antes das eleições para financiar a pré-campanha de um senador pelo Paraná, de junho a agosto de 2022.
A defesa argumenta que Moro teve suas pré-campanhas à Presidência e ao Senado em São Paulo interrompidas sem o seu consentimento e que isso não trouxe benefícios para ele na disputa no Paraná.
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Além disso, muitos gastos não teriam sido individualizados, mas feitos em viagens para encontros do partido ou outros eventos coletivos.
Segundo a defesa, mesmo os mais de R$ 2 milhões de pré-campanha ao Senado no Paraná só poderiam ser parcialmente contabilizados.
A planilha contém informações sobre o acompanhamento das redes sociais de vários candidatos, bem como gastos com segurança e transporte não exclusivos, e passagens para eventos de campanha da candidata à Presidência do partido, Soraya Tronicke, e outras despesas.
Por isso, Moro pede aos juízes para considerarem apenas uma pequena parte dos fundos levantados pelos partidos que pedem sua cassação: 2,34% dos mais de R$ 6 bilhões da pré-campanha. Os partidos em questão são o PT, de Lula, e o PL, de Bolsonaro.