Moro questiona ex-chefe do Estado-Maior sobre inconsistências em declarações

O General Freire Gomes contestou ter testemunhado articulação entre Bolsonaro e militares, embora essa versão contrarie depoimentos anteriores à Polícia Federal.

19/05/2025 20h19

1 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

Em sua primeira sessão de depoimento perante o Supremo Tribunal Federal (STF) acerca da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, o ministro Alexandre de Moraes demonstrou irritação com o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O embate ocorreu após o general declarar não ter presenciado qualquer “conluio” entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, em relação a discussões sobre a implementação de ações para obstruir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A afirmação feita por videoconferência, contudo, contrasta com o relato que o militar havia fornecido anteriormente à Polícia Federal (PF).

LEIA TAMBÉM:

Na época, Freire Gomes afirmou que Garnier estava disponível para Bolsonaro executar ações com esse objetivo. Moraes não ignorou a contradição.

“Ou o senhor fraudou a verdade na Polícia Federal ou está fraudando a verdade aqui”, declarou Moraes, exigindo clareza e precisão do general.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O ministro também ressaltou a responsabilidade do depoente e sua preparação para enfrentar situações de pressão, sobretudo em virtude de ter exercido o mais elevado cargo no Exército brasileiro.

Freire Gomes é uma das 82 testemunhas indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos réus no processo que investiga a organização de uma trama golpista durante o governo Bolsonaro. As audiências prosseguem até o dia 2 de junho e ocorrem todas por videoconferência.

Fonte: CNN Brasil

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.