Em sua primeira sessão de depoimento perante o Supremo Tribunal Federal (STF) acerca da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, o ministro Alexandre de Moraes demonstrou irritação com o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes.
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O embate ocorreu após o general declarar não ter presenciado qualquer “conluio” entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, em relação a discussões sobre a implementação de ações para obstruir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A afirmação feita por videoconferência, contudo, contrasta com o relato que o militar havia fornecido anteriormente à Polícia Federal (PF).
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Na época, Freire Gomes afirmou que Garnier estava disponível para Bolsonaro executar ações com esse objetivo. Moraes não ignorou a contradição.
“Ou o senhor fraudou a verdade na Polícia Federal ou está fraudando a verdade aqui”, declarou Moraes, exigindo clareza e precisão do general.
O ministro também ressaltou a responsabilidade do depoente e sua preparação para enfrentar situações de pressão, sobretudo em virtude de ter exercido o mais elevado cargo no Exército brasileiro.
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Freire Gomes é uma das 82 testemunhas indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos réus no processo que investiga a organização de uma trama golpista durante o governo Bolsonaro. As audiências prosseguem até o dia 2 de junho e ocorrem todas por videoconferência.
Fonte: CNN Brasil