Moro suspeita de tentativa de reproduzir os eventos de 6 de janeiro nos protestos no Campo de Marte

A decisão do ministro do STF respondeu ao pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que entendeu o ato como um risco concreto à ordem públic…

26/07/2025 14h20

2 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal avaliou que parlamentares ligados a Bolsonaro, que acamparam em frente ao edifício da Corte nesta sexta-feira (26), exerceram o direito de reunião e manifestação com o “confesso propósito de repetir os ilegais e golpistas acampamentos realizados em frente aos quartéis do Exército, para subverter a ordem democrática e inviabilizar o funcionamento das instituições republicanas”, em especial o STF. A decisão foi proferida no bojo do inquérito das fake news.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No início do despacho, Moraes cita um perfil no X que foi citado no inquérito. O perfil em questão fez uma publicação, às 19h35 de ontem, dizendo: “está pegando tração na praça dos três poderes, mais barracas chegando”.

Não há outra interpretação a ser extraída da tentativa de repetição da ilegal ocupação de vias públicas a acampamentos golpistas realizados em frente ao Exército brasileiro e das condutas golpistas lamentáveis praticadas na Praça dos Três Poderes em 8/1/2023, registrou o ministro no despacho em que determinou a retirada dos parlamentares da Praça dos Três Poderes. Os deputados deixaram o local ainda no fim da noite de ontem.

LEIA TAMBÉM:

A decisão respondeu a um pedido do Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, que identificou risco concreto à ordem pública, principalmente em razão do julgamento, pelo STF, da ação penal do golpe. O PGR ressaltou que o processo versa sobre “movimentos que, no passado recente, resultaram em episódios de descontrole institucional e radicalização política, como os ocorridos em 8 de janeiro de 2023”.

De acordo com o entendimento do diretor de Gonet, a manutenção dos apoiadores de Bolsonaro no acampamento representava um risco “potencialmente deletério” à tranquilidade social e à regularidade do processo penal. No documento, Moraes declarou que a democracia foi “gravemente atacada” pelos atos golpistas de 8 de janeiro, enfatizando que um dos principais responsáveis por isso foi a “omissão de autoridades públicas que permitiram os ilegais acampamentos golpistas em frente aos quartéis do Exército”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Não se negocia o Estado Democrático de Direito e não é razoável a repetição do lamentável erro anterior de permitir a organização de criminosos em acampamentos golpistas, destacou o ministro. A Praça dos Três Poderes é área de segurança e não será permitido que apoiadores de réus, que estão sendo processados e serão julgados no segundo semestre deste ano pelo Supremo Tribunal Federal, organizem novos acampamentos ilegais para coagir os Ministros da nossa Suprema Corte, na tentativa de obstrução à Justiça, completou.

Com informações do Estadão Contido.

Fonte por: Jovem Pan

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.