São Paulo – Bairros da zona sul são os principais locais de roubo de moto na cidade. O número de crimes desse tipo tem aumentado neste ano. De acordo com dados oficiais, 4 em cada 10 roubos ocorrem durante os fins de semana (38%). O horário preferido pelos ladrões para realizar os assaltos é da noite, das 18h às 23h59.
O Metrópoles analisou dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) sobre roubo de motocicletas, considerando 2.066 boletins de ocorrência entre março e setembro.
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Os números mostram que os bairros Campo Limpo (37º DP), com 113, e Capão Redondo (47º DP), com 91 casos, foram os locais com mais registros de roubos de motos na cidade de São Paulo nos sete meses analisados.
As cinco primeiras vias da zona sul têm o maior número de casos de roubo. A Avenida Nações Unidas (também conhecida como Marginal Pinheiros) e a Estrada de Itapecerica lideram a lista com 21 casos cada. Em seguida, temos a Avenida Interlagos e a Estrada do Campo Limpo, com 19 casos cada, e a Estrada do Alvarenga com 16 casos.
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Entre os 10 modelos mais visados nos assaltos, quatro são variações da Honda CG 160 (Fan, Titan, Start e Cargo), moto bastante comum e muito usada por entregadores de aplicativo na cidade. Elas respondem por 18% das motocicletas roubadas em São Paulo (371).
Motos potentes também estão na mira dos ladrões. Entre elas, aparece o modelo CB 500F, com 500 cilindradas e custo a partir de R$ 40 mil, com 16 casos registrados no período.
A zona sul tem muitos roubos, enquanto a zona oeste tem muitos furtos de motos. O bairro de Perdizes no 23º DP lidera o ranking com 271 casos, seguido por Lapa no 7º DP com 228 casos. Outros bairros no centro expandido de São Paulo, como Aclimação, Jardins, Cambuci, Vila Clementino e Brás, também estão entre os 10 primeiros da lista.
A reportagem utilizou os mesmos critérios para a contagem dos furtos, encontrando um total de 5.631 ocorrências em sete meses.
Furtos acontecem como crimes de oportunidade, inclusive em pequenas ruas da cidade de São Paulo, particularmente na zona leste, que tem um alto índice de ocorrências.
A liderança é da Avenida Sapopemba (34 casos), a maior da capital, que serpenteia por toda a zona leste.
Entretanto, vias bem menores também se destacam entre as 10 mais visadas por quem furta motos em São Paulo. A vice-liderança, por exemplo, é da Avenida Vila Ema, com 30 casos.
Próximo dali, na Rua Cavour, na Vila Prudente, também ocorrem muitos acidentes de moto – foram 22 casos nos últimos sete meses. Na rua, existem espaços específicos para estacionamento de motos, principalmente perto de um centro universitário.
Na Rua Américo Ventura, na Mooca, zona leste, foram roubadas 19 motos em frente ao Hospital e Maternidade São Cristóvão. Na região, há estacionamentos para motocicletas na rua, porém sem segurança.
Sobre os modelos, é importante destacar que a CG 160 Fan representa cerca de 19% das motos furtadas em São Paulo.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) explica o seguinte
A Secretaria de Segurança Pública afirmou que intensificou as medidas para combater os roubos e furtos de veículos, especialmente os de motos de grande porte.
Em agosto, ocorreu o 5º encontro entre representantes da área, organizações e grupos desse setor, para discutir as ações a serem tomadas contra o chamado ‘roubo ostentação’, que consiste no roubo de motocicletas valiosas exibidas por criminosos nas redes sociais, conforme comunicado.
De acordo com a SSP, no dia 18 de outubro, foram realizados seis mandados de busca e apreensão em oito locais diferentes na região metropolitana de São Paulo.
A SSP diz que houve queda de 5,7% nos roubos de veículos, de janeiro a setembro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foi o menor índice da série histórica (iniciada em 2001), sem considerar os anos de pandemia da Covid-19 (2020 e 2021). “No mesmo período, foram recuperados 34.102 veículos roubados e furtados no Estado”, afirma.
