O presidente da Câmara dos Deputados, Motta, apresentou um balanço das atividades legislativas em um encontro com jornalistas. Em um momento de avaliação, Motta reconheceu o período recente como um dos mais desafiadores para o parlamento, destacando a forte polarização política e a influência de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) no trabalho da Casa.
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Apesar das dificuldades, o parlamentar ressaltou avanços importantes, especialmente na agenda econômica do governo e em medidas relacionadas à segurança pública.
Relações entre os Poderes e o STF
Motta enfatizou a necessidade de respeito mútuo e independência entre os Poderes da República. Em relação ao Executivo, reafirmou o “profundo respeito” pelo presidente Luiz Inácio da Silva, mesmo diante de flutuações naturais na política.
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Sobre o STF, o presidente da Câmara defendeu que o tribunal tem o papel de investigar, sem interferir excessivamente no cotidiano da Câmara. Ele ressaltou que o julgamento de um ex-presidente no STF impacta o funcionamento da Casa.
Tensão e Diálogo com a Imprensa
Um ponto central da conversa foi o incidente envolvendo o deputado e a atuação da Polícia Legislativa, que gerou dificuldades para o trabalho da imprensa. Motta pediu desculpas aos jornalistas pelos “excessos” que ocorreram, assegurando que tais situações não se repetirão.
No entanto, justificou a decisão tomada na época como medida para proteger o bom funcionamento da Câmara, atribuindo o clima tenso à polarização.
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Pautas e Debates Futuros
Motta mencionou avanços legislativos, como o compromisso com a criança alfabetizada e a priorização da segurança pública. Ele também abordou pautas futuras, incluindo o PL da Dosimetria (8 de Janeiro), onde o poder judiciário terá a responsabilidade de analisar pedidos de revisão de penas, e a PEC 6×1, que deve ser debatida em 2026.
Além disso, a análise do PL Antifacção está prevista para o próximo ano legislativo.
Eleições de 2026 e Imparcialidade
Questionado sobre as eleições de 2026 e a movimentação de candidatos, Motta defendeu uma postura de imparcialidade na condução da Câmara. Ele argumentou que quanto menos politizada for sua posição, melhor para garantir o equilíbrio necessário durante as sessões.
A questão da cassação do mandato de um ex-presidente, por questões regimentais, também foi abordada, com Motta reafirmando a amizade com o ex-presidente da Casa e sugerindo que algumas falas podem ter sido tiradas de contexto.
