Mourão afirma que Bolsonaro teria vitória em 2022 caso fosse candidato a presidente

Senador declara que o resultado eleitoral teria sido distinto com sua candidatura; relação com Bolsonaro foi caracterizada por conflitos.

2 min de leitura

O presidente interino e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), ministro Alexandre de Moraes (STF), ministro José Múcio (Defesa), Procurador-Geral da República Augusto Aras, senador Hamilton Mourão e os comandantes militares da Exércitio, Marinha e Aeronáutica , participam de cerimônia em comemoração ao Dia do Soldado, promovida pelo Exército. O evento foi realizado no Quartel-General do Exército, em Brasília. | Sérgio Lima/Poder360 25.ago.2023

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria sido reeleito se ele, e não Walter Braga Netto, tivesse sido o candidato a vice na chapa em 2022.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quando Bolsonaro escolheu, não quis que eu fosse o vice dele, ele deixou de me chamar para reuniões ministeriais, eu não participei de mais nada. Eu acho que, se eu tivesse sido o candidato a vice, nós teríamos ganho,

Adicionalmente, respondendo sobre o que ocorreria em relação aos processos envolvendo Bolsonaro e Braga Netto no STF (Supremo Tribunal Federal) caso a chapa tivesse sido eleita, o senador declarou: “Nada, nada aconteceria, todos estariam muito satisfeitos”.

LEIA TAMBÉM!

Mourão não mencionou o que o faz acreditar que sua presença na chapa alteraria o resultado eleitoral.

A relação entre Mourão e Bolsonaro foi caracterizada por tensões durante o período presidencial. O senador admitiu a existência de uma “guerrinha fria” com o ex-presidente e expressou seu pesar por Bolsonaro não ter buscado uma solução para os conflitos.

Era evidente que eu teria tido uma conversa mais aprofundada com ele sobre meu papel, a fim de evitar os conflitos que se manifestaram e que não deveriam ter acontecido.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Entre os generais que exerceram funções importantes no governo anterior, Mourão é um dos poucos sem questões judiciais relacionadas às supostas conspirações golpistas no término do governo presidencial.

No âmbito do STF, ele é testemunha dos generais Augusto Heleno, Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira, e do próprio Bolsonaro. Os quatro integram o núcleo 1 do processo, acusados pela PGR (Procuradoria Geral da República) como líderes da organização criminosa que teria planejado um golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Braga Netto

Em dezembro de 2024, Braga Netto foi preso sob suspeita de tentar obter informações sobre a data de nascimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Em abril deste ano, Mourão visitou Braga Netto no quartel-general da 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar, no Rio. Segundo Mourão, eles não discutiram o processo judicial, limitando-se a “amenidades”.

Mourão declarou considerar a prisão de Braga Netto “injusta e absurda, pois ele não estava obstruindo a Justiça”.

Mas, na perspectiva de Alexandre de Moraes, é simbólico. Eles mantêm um general de 4 estrelas preso.

Fonte por: Poder 360

Sair da versão mobile