Mourão considera o dia 8 de maio como “baderna” e afirma que estava na piscina quando teve conhecimento
O senador afirmou, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal, que seu filho o informou sobre a ocorrência dos atos em Brasília.
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) na sessão de 23 de maio, que os eventos de 8 de janeiro de 2023 foram “baderna”.
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A afirmação ocorreu em retaliação ao advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Celso Vilardi, que indagou sobre seu paradeiro no dia.
O promotor Mourão testemunhou o ex-ministro general Augusto Heleno, que liderava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), durante o processo que investiga uma tentativa de golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022.
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O parlamentar declarou que se encontrava em seu novo lar, em Brasília, dez dias após deixar a residência oficial do vice-presidente, o Palácio do Jaburu.
“Descobri o ocorrido através de um telefonema do meu filho, acessei a televisão e observei”, respondeu Mourão.
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A partir da perspectiva de quem já exerceu a função de comando militar no Planalto, era sabido que haveria um planejamento a ser acionado com a detecção de uma ameaça. O que, na minha visão, ocorreu foi uma inação do governo que deveria ter acionado os meios efetivos.
Sem sentido.
Durante a investigação, o senador já comentou diversas vezes o caso, chegando inclusive a classificá-lo como “sem planejamento e sem sentido”.
O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou que não identificava crime em “escrever bobagem”.
Temos um grupo de militares reduzido, e a grande maioria da reserva elaborou um plano sem o devido planejamento. Não consigo conceber como uma tentativa de golpe ocorreu.
O senador já se dirigiu pessoalmente ao presidente argentino, Javier Milei, solicitando que oferecesse asilo político aos brasileiros condenados e investigados pelo envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Depoimento
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que exerceu a vice-presidência da República no governo Bolsonaro, compareceu ao STF para prestar depoimento nesta sexta-feira.
Apesar de ter exercido o cargo de vice-presidente durante o governo Bolsonaro, Mourão não foi mencionado no denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Pode ser objeto de questionamento por parte dessas defesas.
Fonte: CNN Brasil