Movimento da extrema-direita torna o rock relevante, afirma André Frateschi em álbum com nova banda

Ele atualmente é o vocalista da Undo, que divulgou três singles que serão lançados em agosto.

18/05/2025 4h09

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(Imagem de reprodução da internet).

André Frateschi atua na televisão, cinema, teatro e música, expressões artísticas em que iniciou sua trajetória há muito tempo, com uma homenagem a David Bowie. Lançou seu álbum de estreia autoral em 2014, intitulado Maximalista, e, no ano seguinte, assumiu os vocais da banda Legião Urbana, com a participação dos fundadores Dado Villa-Lobos, no violão, e Marcelo Bonfá, na bateria.

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Em janeiro deste ano, Frateschi reuniu o grupo Undo, composto por Rafael Mimi (guitarra), Johnny Monster (guitarra), Dudinha (baixo) e Rafael Garga (bateria). O conjunto está preparando um álbum de músicas inéditas para o mês de agosto, com parcerias com artistas dos anos 1980, incluindo Leoni e Villa-Lobos.

Dado, Frateschi irá tocar na abertura de alguns shows da turnê de 40 anos dos Paralamas do Sucesso. O primeiro show será em 31 de maio, em São Paulo.

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“Eu cresci ouvindo rock nacional. Paralamas do Sucesso, Legião Urbana e Titãs são muito importantes para mim”, declarou André Frateschi em entrevista à CartaCapital. Segundo ele, o repertório do show de abertura deve incluir músicas do Legião Urbana e da carreira solo de Dado Villa-Lobos.

Ele descreve a proposta como “absolutamente maluca”, em relação à decisão de formar um grupo de rock nessa fase. Contudo, percebe ventos que indicam a retomada do protagonismo do rock.

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O mundo atravessa um momento tão sombrio, com o avanço do extremismo de direita, que o rock se torna essencial novamente, avalia. Há muitas bandas surgindo, como não acontecia há muito tempo. E há bandas consagradas lançando discos relevantes. O movimento está se renovando mais uma vez.

A banda de André apresenta duas características marcantes: um som punk “cru” e a melancolia do pós-punk. A ótima Undo tem a sonoridade da primeira fase do rock nacional, no início dos anos 80, e influências de bandas estrangeiras como The Cure, Depeche Mode e Echo & The Bunnymen – além de outras mais recentes, como Fontaines D.C. e Yard Act.

O mais recente single da Undo, intitulado Porcos Não Olham para o Céu, apresenta trechos como “Fomos pegos de assalto/ Acordamos com tapas na cara”, produzido a partir dos anos obscuros na história recente do País.

De acordo com Frateschi, o Brasil vive um período de conscientização e a banda assume essa inquietude. Nesse sentido, ele tem dedicado seu trabalho como compositor e expressa a carência de letras e poesia.

As três músicas já lançadas apontam que o primeiro disco da banda ocupará um espaço no rock com influências do punk, apresentando letras mais maduras e menos infantis. O som do grupo está bem produzido, com uma equipe experiente. O álbum da Undo promete.

Acompanhe a entrevista de André Frateschi com a CartaCapital.

Fonte: Carta Capital

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