Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) solicita R$ 1 bilhão ao governo para regularizar a situação de 65 mil famílias acampadas
Iniciativa busca aumento no financiamento da reforma agrária, criticando a demora nos mecanismos existentes.

O Movimento MST tem demandado ao governo Luiz Inácio Lula da Silva um aumento de pelo menos um bilhão de reais no orçamento da reforma agrária.
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A solicitação foi feita por integrantes do movimento em conversas com o Palácio do Planalto, buscando a compra de terras para a instalação imediata de 65 mil famílias em situação de acampamento.
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“Temos uma urgência no assentamento imediato de 65 mil famílias, que estão no aguardo, na luta, na lona há 5, 10, 15, passando de 20 anos”, declarou Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, ao Poder360.
A proposta visa atender uma demanda de aproximadamente 120 mil famílias concentradas em acampamentos em território nacional. O pedido por maiores recursos ocorre no âmbito das negociações para a elaboração do Orçamento de 2025. Atualmente, o governo tem empregado mecanismos como a arrecadação de terras públicas, devolutas ou adjudicadas, em consonância com o programa Terra da Gente.
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O governo possui diversos instrumentos, incluindo o programa Terra da Gente, que pode destinar e arrecadar terras para o assentamento de famílias acampadas. Destacam-se terras públicas, devolutas e de adjudicação, que são instrumentos importantes. No entanto, segundo a senhora, esses processos são lentos, levando muito mais tempo para terem resolução.
o movimento defende a alocação direta de recursos para a compra de terras. “Nós estamos solicitando R$ 1 bilhão que seria destinado à aquisição de terras, seja por meio da apropriação, seja na modalidade de aquisição de terras. Entendemos que isso proporcionaria um avanço na resolução dessa demanda imediata”, declarou.
Apesar da continuidade do uso e da necessidade desses instrumentos, compreendemos a importância de um reforço adicional. Em seguida, as demais famílias poderiam ser atendidas por meio de outros meios, conforme declarado.
Apesar do solicitado, o governo não indicou se atenderá à demanda. Em abril, o presidente Lula declarou que é necessário “colocar o pé na porta” em relação à reforma agrária e admitiu que o assunto avançou pouco durante sua gestão.
Fonte: Poder 360