MST ocupa edifícios do Incra em 22 estados
A autarquia atua na política agrária do país, e seus atos representam um esforço para pressionar o governo em relação à reforma agrária.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra realizou ações nas sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em 22 estados nesta quarta-feira (23). A autarquia é responsável pela política agrária no Brasil, e os atos representam um movimento com o objetivo de pressionar o governo pela reforma agrária. O MST também se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no mesmo dia.
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A organização, em publicação no Instagram, destaca que entre as medidas propostas ao governo estão a criação e estruturação de novos assentamentos, acesso ao crédito e políticas públicas para a produção de alimentos saudáveis, além de moradia, educação e infraestrutura para as famílias do campo.
Em São Paulo, 300 militantes do MST invadiram o Incra questionando “Lula, onde a reforma agrária?”. Segundo o movimento, ocupações também ocorreram em Tocantins, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Alagoas, Goiás, Mato Grosso, Distrito Federal, Maranhão, Pará e Roraima.
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O MST ampliou as ações durante a “Semana do Camponês”, mobilização nacional da organização que se estenderá até o dia 25. Na segunda-feira (21), o movimento publicou uma carta aberta, exigindo avanços na reforma agrária e afirmando que “soberania nacional só é possível com soberania alimentar”, fazendo referência à campanha que Lula conduz em defesa da soberania do País após o governo de Donald Trump.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário respondeu ao movimento e negou demora na regularização de terras. “Ao contrário do que afirma a carta do MST, a reforma agrária no Brasil retomou o ritmo dos dois primeiros governos do presidente Lula”, escreveu a pasta. “Em 2025 foram obtidos e disponibilizados 13.944 novos lotes para assentamentos, número comparável aos dos governos Lula 1 e 2”.
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O MST tem defendido a soberania nacional, associando o tema à reforma agrária. “Representantes de diversos acampamentos e assentamentos do Tocantins reforçam a importância da Reforma Agrária Popular como política estratégica para a soberania alimentar e justiça social”, escreveu a entidade em uma das publicações que anunciou as ocupações. A entidade também divulgou uma carta em defesa da soberania nacional no Instagram.
Com informações do Estadão Conteúdo.
Publicado por Nátaly Tenório
Fonte por: Jovem Pan