MST ocupa novamente Incra de SP após anúncio de reuniões sobre compra de terras

Organizações mobilizam esforços para garantir o direito à moradia e evitar remoções em regiões do estado de São Paulo.

25/07/2025 9:15

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MST ocupa novamente Incra de SP após anúncio de reuniões sobre compra de terras
(Imagem de reprodução da internet).

Cerca de 300 membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra desocuparam na noite de quinta-feira a sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em São Paulo. A saída do prédio se verificou após assembleia do movimento, que considerou avanços os encaminhamentos alcançados em reunião online com o presidente do órgão, César Aldrighi.

A conversa confirmou uma reunião presencial com a diretora de Aquisição de Terras do Incra, Maíra Coraci Diniz, e estabeleceu a promessa de um novo encontro presencial com Aldrighi na primeira semana de agosto. O movimento avalia que as tratativas colocam novamente a pauta da reforma agrária popular no centro do debate com o governo federal.

A manifestação teve início às 6h de quarta-feira (23), como parte da Jornada Nacional da Semana Camponesa, organizada pelo MST em todo o país. Durante os dois dias de mobilização na capital paulista, os encampados denunciaram a demora na implementação da política de reforma agrária pelo governo federal e solicitaram ações imediatas para o reassentamento de famílias e a proteção de áreas ameaçadas.

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Entre as principais demandas apresentadas à Superintendência do Incra em São Paulo, liderada por Sabrina Diniz, destaca-se a defesa de cinco áreas ameaçadas de despejo no estado: Comuna da Terra Irmã Alberta (na capital), Marielle Vive (em Valinhos), Ilda Martins (em Apiaí), Alexandra Kollontai (em Jardimópolis) e Luiz Beltrame (em Galícia).

O MST também reivindica o assentamento imediato de 5 mil famílias acampadas, a liberação de créditos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), a ampliação dos limites de compra por cooperativas e assentados, e a inclusão de políticas habitacionais nos assentamentos por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O diálogo com o Incra de São Paulo está interrompido. Há tempos tentamos um diálogo e seguimos sem resposta para nossa pauta, afirmou a dirigente nacional Claudete Pereira durante a mobilização. Para ela, além da limitação orçamentária, há “falta de vontade política em garantir as conquistas para estas famílias”.

A Jornada se expande pelo país.

A ocupação do Incra de São Paulo faz parte da chamada Semana Camponesa, que acontece entre os dias 21 e 25 de julho. A iniciativa tem o lema “Para o Brasil alimentar, Reforma Agrária Popular!” e contempla a ocupação de terras e imóveis públicos, doações de alimentos, reuniões com autoridades e manifestações públicas em 27 cidades de 21 estados e no Distrito Federal.

Até quinta-feira (24), o MST já havia promovido a ocupação de 20 superintendências do Incra em todo o território nacional. A pauta nacional reivindica um cronograma de assentamentos, a retomada de linhas de crédito e o reforço de políticas públicas como o Pronera (educação no campo), o PAA e o Pronaf A (crédito agrícola para assentados e assentadas).

As manifestações denunciam o “descaso” com mais de 100 mil famílias acampadas no país, das quais 65 mil aguardam o assentamento há mais de 15 anos. O movimento também critica a baixa execução orçamentária do Ministério do Desenvolvimento Agrário, liderado por Paulo Teixeira.

Fonte por: Brasil de Fato

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