Em São Paulo, uma mulher autista de 28 anos alega que seus sogros sequestraram sua filha durante uma crise, que ocorreu no início de abril, em São Vicente, litoral de São Paulo.
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O advogado da mãe, Carlos Alberto de Sâá Romano, relatou que ela sofreu uma crise, classificada como um “surtos emocional isolado”, após uma “discussão banal” com o companheiro em casa. Segundo o defensor, os sogros foram acionados para cuidar da bebê de 10 meses, enquanto a mãe recebia atendimento na unidade de saúde.
A conversa entre as partes iniciou-se no dia seguinte à internação da genitora. No dia 6 de abril deste ano, a mulher recebeu alta médica e foi até a residência dos sogros buscar a filha. Contudo, ela foi proibida pelos avós da criança de ter acesso a ela. Romano relatou que, naquele dia, os suspeitos mencionaram uma decisão judicial relacionada à guarda da bebê e ofenderam a mulher. Dada a sua condição medicamentosa e o recém-saída do hospital, a mãe preferiu retornar para casa sem a bebê.
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Após quatro dias, a mulher retornou ao endereço com a mãe (avó materna da criança) para tentar obter a guarda da filha. Contudo, ela sofreu novamente ofensas e também foi vítima de agressão física. De acordo com o defensor, uma advogada dos sogros estava presente na residência e, no momento em que a mãe chegou à casa, começou a atacá-la chamando-a de “retardada”, além de lhe dar um tapa no rosto.
A advogada insultou a mãe da criança, chamando-a de retardada devido ao autismo, e encostou a mão no seu rosto.
Após a agressão, a mulher caiu no chão. O cunhado então a agrediu, aplicando uma gravata. A mãe relatava não conseguir respirar, mas após alguns segundos, conseguiu se afastar das agressões e fugir do local, novamente sem o bebê.
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O advogado da vítima relatou ter sido procurado pela tia da mulher e iniciado o caso, já apresentando uma denúncia à polícia. O delegado responsável pelo caso solicitou um mandado de busca e apreensão, que foi autorizado pela Justiça.
Após dez dias do início dos conflitos, as autoridades recuperaram a criança e a devolveram à mãe na Delegacia de Defesa da Mulher de São Vicente.
A acusação apresentada pelo advogado Carlos Romano aponta os crimes de sequestro, cárcere privado, subtração de incapaz, lesão corporal, ameaça, injúria qualificada por capacitismo, violência psicológica e patrimonial, além de associação criminosa, contra os sogros e a advogada deles.
A solicitação de guarda foi indeferida.
O Metrópoles contatou a advogada dos sogros, buscando uma declaração sobre as acusações, mas não obteve resposta até o momento da publicação. O espaço permanece aberto.
Fonte: Metrópoles