Amanda Porfírio da Silva, de 33 anos, faleceu após passar por uma cesariana no Hospital dos Estivadores, localizado no bairro Encruzilhada, em Santos.
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A mulher, na 39ª semana de gestação, foi admitida em 12 de abril, partindo no dia seguinte e, após o parto, desenvolveu complicações, sendo encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permaneceu até seu falecimento, ocorrido em 24 de abril.
O que se sabe:
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) registrou o caso como morte suspeita no 4º Distrito Policial de Santos, que instaurou inquérito para apuração.
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Thiago Jusis expressou seu lamento pela morte de sua esposa “por erro médico”. Segundo ele, não se sabe o motivo pelo qual a vontade de Amanda de realizar uma cesariana não foi respeitada desde o início.
O desejo da minha esposa de cesariana não foi atendido […] Após a tentativa de indução ao parto normal, a equipe médica realizou a cesariana tardia, e Amanda teve um sangramento que não foi devidamente controlado. Ela permaneceu quase 24 horas perdendo sangue, sendo apenas monitorada.
Amanda era uma jovem ativa, mãe de dois filhos, trabalhadora e saudável, conforme relato do seu marido. “Entrou [no hospital] andando, sorrindo, sem nenhuma complicação”, declarou.
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O advogado da família, Lucas Pôrpora, declarou que a documentação médica a ser apresentada pelo município será submetida à análise pericial. Será formalizada uma representação junto ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), para que seja instaurada uma sindicância com o objetivo de apurar eventuais infrações éticas relacionadas à equipe médica.
A defesa também busca as medidas judiciais cabíveis, incluindo a propositura de ação com o objetivo de reparar os danos materiais e morais sofridos pelos familiares de Amanda Porfírio da Silva.
A Prefeitura de Santos informa que todos os óbitos maternos e infantis são investigados pela Seção de Vigilância da Mortalidade Materno-Infantil.
O Metrópoles buscou o Hospital dos Estivadores para se manifestar sobre o caso, porém não obteve resposta até o fechamento desta reportagem. O espaço permanece aberto.
Fonte: Metrópoles