Mulheres negras desfilam pelas ruas do país na sexta-feira (25) em protesto em defesa da vida e por reparação

Comemora-se o 25 de Julho, Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, e presta homenagem a Tereza de Benguela.

25/07/2025 4h35

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(Imagem de reprodução da internet).

Mulheres negras de diversos lugares do país se juntam na sexta-feira (25) para realizar marchas em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, ao Dia Nacional de Tereza de Benguela e ao Julho das Pretas. Em São Paulo, o evento acontecerá com concentração às 17h na Praça da República, reunindo mulheres de diferentes religiões, origens e coletivos em torno da luta por justiça social, bem-estar e contra a violência estatal.

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“Quando nos manifestamos, conseguimos perceber questões que são coletivas e que, por vezes, internalizamos. Estar nas ruas é de grande relevância para que as mulheres negras possamos cada vez mais reivindicar nossos direitos”, afirma Ana Paula Evangelista, da organização da Marcha das Mulheres Negras, em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato.

A mobilização faz parte da construção da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, que ocorrerá em novembro, em celebração aos dez anos do histórico ato de 2015, em Brasília. “Leis que são de suma importância hoje só existem porque o movimento de mulheres se uniu”, afirma Evangelista.

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A homenagem a Tereza de Benguela, liderança quilombola do século 18, também terá destaque. “Essas mulheres se unem na luta de Tereza de Benguela e de outras tantas que vieram antes de nós. É importante que reconheçamos esse espaço de luta também como um espaço de vitória e de conquista”.

Ao comentar os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados nesta quinta-feira (24), véspera do Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, que indicam que 63,6% das vítimas de feminicídio em 2024 eram mulheres negras, a militante ressalta a negligência estatal. “Há uma carência de política pública, sobretudo direcionada para as periferias onde se encontra a maioria das mulheres negras”, lamenta.

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A ativista ressalta que a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem-Viver é protagonizada por mulheres negras, mas pessoas não negras são bem-vindas para participar. “Nesse dia, nós erguemos nossas vozes. Que consigamos minimamente sobreviver nesta sociedade que, infelizmente, não nos quer aqui”.

Para audir e visualizar.

O jornal Conexão BdF vai ao ar em duas edições, de segunda a sexta-feira, uma às 9h e outra às 17h, na Rádio Brasil de Fato, 98.9 FM na Grande São Paulo, com transmissão simultânea também pelo YouTube do Brasil de Fato.

Fonte por: Brasil de Fato

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